27/06/2009

Orações subordinadas requerem próclise

Orações subordinadas requerem próclise
Por Thaís Nicoleti
"Se esse esquema ficar em pé, o governador mineiro repetirá em 2010 as mágicas de 2006, quando equilibrou-se nas duas pontas da eleição presidencial(...)."

Do ponto de vista da colocação pronominal, o fragmento acima merece correção. É que as orações subordinadas desenvolvidas (iniciadas por conectivo) requerem a próclise, ou seja, o pronome átono antes do verbo.

No caso em questão, temos a conjunção subordinativa temporal "quando" a encabeçar a oração subordinada. Eis uma situação de próclise obrigatória. Assim: "...quando se equilibrou...". O mesmo se dá com conjunções como "se", "embora", "desde que", "à medida que", "como" etc. e com os pronomes relativos. Assim: "Embora se irritasse facilmente, não teve reação diante do ocorrido", "Se me chamasse Raimundo, seria uma rima..." (CDA), "Era o único que lhe obedecia".

Vale observar que a próclise não ocorre, pelo menos do ponto de vista da norma culta, nas orações coordenadas (aquelas iniciadas por "mas", "porém", "e", "portanto", "pois" etc.). Ocorre com a conjunção "nem" por ter esta sentido negativo ("Não me faça repetir o que disse nem se faça de desentendido!").

Veja, abaixo, o texto corrigido:

Se esse esquema ficar em pé, o governador mineiro repetirá em 2010 as mágicas de 2006, quando se equilibrou nas duas pontas da eleição presidencial.,