28/06/2008

AS TRÊS PENEIRAS DE SÓCRATES

As três peneiras
Um rapaz procurou Sócrates e disse que precisava contar-lhe algo.
Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
- Três peneiras?
- Sim. A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido contar, a coisa deve morrer aí mesmo. Suponhamos então que seja verdade.
Deve então passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo?
Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta e, arremata Sócrates:
-Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, você e seu irmão nos beneficiaremos. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e levar discórdia entre irmãos, colegas do planeta.
Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz.
Fonte: Fonte: vida.net - http://www.ibb.org.br/vidanet/

SAUDADE

"...Saudade é solidão acompanhada, é quando o amor ainda nao foi embora, mas o amado já
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para tras,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: "aquela que nunca amou."
E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por quem sentir saudades, passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido..."
Pablo Neruda

Homenagem a Che Guevara

É de arrancar lágrimas.

Hasta Siempre - Comandante Che Guevara

Esta música é linda,linda,linda...

25/06/2008

OS SIMPSONS E A ARTE DE TRADUZIR SEU TEMPO


Neste momento a maioria dos fãs da família de Homer Simpson já devem ter assistido a uma das sessões do longa metragem que estreou no último dia 17 de agosto nos cinemas de todo o país.
As críticas ficaram divididas, entre aqueles que apontaram a falta de novidades na transposição do desenho aos cinemas e àqueles que viram nisso uma decisão inteligente em não desvirtuar uma obra que vem há 18 anos somando fãs de todas as idades.
Particularmente esperava algo mais, pois saí do cinema achando que havia acabado de pagar para ver um episódio de duas horas que poderia muito bem ser dividido em três capítulo na TV. Impressão que já foi me dada pelo próprio Homer na primeira cena do filme, quando o anti-intelectual mais legal da história joga na cara de todos os presentes que eles pagaram uma sessão a toa, já que vão ver o mesmo que sempre vêm na TV.
Mas opiniões de fãs à parte, fico pensando como devem estar surpresas àquelas pessoas que nunca acompanharam Os Simpsons nestes últimos 18 anos da criação maior de Matt Groenning ou aqueles que não gostam da obra por não entenderem direito as toneladas de referências jogadas nos espectadores em cada um dos episódios de 24 minutos do desenho.Criado em 1987, pela Fox (a emissora mais reacionária dos Estados Unidos), Os Simpsons abriram as portas de um novo mercado no mundo, a de desenhos animados voltados ao público adulto, com idéias políticas pendendo ao anarquismo.
E o projeto deu tão certo que filósofos, cientistas usam o desenho em livros como “Os Simpsons e a Filosofia”; “Planeta Simpsons: Como um Obra Prima do Desenho Documentou uma Era”, de ; e “O que os Simpsons podem nos Ensinar sobre Ciência?”.
A verdade é que usando, através de piadas, conceitos de filósofos como Kant, Platão e tantos outros pensadores, Matt Groenning sua equipe põem em pauta desde questões políticas, como quando o ex-presidente ultra conservador americano Richard Nixon foi ser vizinho da família e foi esculhambado pelo garoto Bart, até polêmicos episódios satirizando religiões, como o de quando Hommer decidi mandar todas as religiões às favas por preguiça de se adequar à qualquer uma delas. “E se nós escolhermos a religião errada? Só vamos deixar Deus ainda mais nervoso”, justificou, antes de completar. “Se Deus está em todo lugar, por que eu preciso ir à igreja?”. São falas que parecem simples piadas, mas guardam um universo de questionamentos que pairam sobre todos nós desde que a humanidade existe.
A prova que a força dos Simpsons é notada em todo o planeta é o tremendo barraco que o Brasil armou quando um episódio satirizou a criminalidade brasileira (que era muito mais uma ironia contra a ignorância americana em relação aos resto do mundo que a nós brasileiros) ou uma declaração do ex-presidente George Bush (o pai do Junior) de que as famílias deveriam lutar para não se tornarem como os Simpsons. Um outro, mais atento, poderia ainda destacar a afirmação de William Bonner, de que o Jornal Nacional é feito para o Hommer Simpson, por dar a notícia de um jeito “mastigado”.
No futuro, quando os estudiosos quiserem analisar com atenção as questões mundiais, uma caixa de DVDs ajudará muito. Eles só devem não levar tudo ao pé da letra, senão ficarão achando que no Rio de Janeiro existe macacos andando soltos pelas ruas.
FONTE:=http://www.liberal.com.br/blogs/entrelinhas/

15/06/2008

O hacker e a literatura
Moacyr Scliar
Estava decidido: queria dedicar sua vida à literatura. Naquele mesmo ano fez vestibular para letras
Juiz solta piratas virtuais, mas exige que leiam obras clássicas. Para conceder liberdade provisória a três jovens detidos sob a acusação de praticar crimes pela internet, um juiz federal do Rio Grande do Norte determinou uma condição inédita: que os rapazes leiam e resumam, a cada três meses, dois clássicos da literatura. As primeiras obras escolhidas pelo juiz Mário Jambo, 49, foram "A hora e a vez de Augusto Matraga", conto de Guimarães Rosa (1908-1967), e "Vidas Secas", de Graciliano Ramos (1892-1953). Jambo, que há três anos atua como juiz federal, disse que a Justiça precisa sair da "mesmice".
“Três condicionantes se relacionam à educação dos acusados: freqüentar instituição de ensino, comprovar presença e aproveitamento nas aulas, ler e resumir os textos indicados. Os três rapazes aceitaram as condições e já estão soltos. Como são peritos em internet, o magistrado determinou que os relatórios sobre as obras deverão ser feitos pelos jovens de próprio punho. Sobre a escolha das obras de Ramos e Rosa, o juiz destacou o caráter educativo. "Nada como ler um "Vidas Secas" para perceber o que é vida dura, o que é necessidade de dinheiro.'" Cotidiano, 23 de abril de 2008
QUANDO O JUIZ pronunciou a sentença, a primeira reação dele foi de revolta. Preferível a cadeia, disse para os pais e para o advogado. De nada adiantaram os argumentos deles, segundo os quais a decisão do magistrado tinha sido a melhor possível e, mais, um grande avanço na tradição judiciária; ele odiava leitura, odiava livros. Se pudesse, faria como os nazistas, que em Berlim queimaram milhares de volumes. Só que não se restringiria apenas a certos autores; queimaria todos os livros possíveis e imagináveis. Talvez deixasse de fora apenas as listas telefônicas. Mas não havia alternativa e de repente lá estava ele lendo Graciliano e Guimarães Rosa.
Foi uma revelação, uma experiência pela qual ele nunca tinha passado antes. De repente, estava descobrindo um novo mundo, um mundo que sempre lhe fora desconhecido. "Vidas Secas" simplesmente o fez chorar. Falava de uma gente heróica, gente que lutava como podia para poder sobreviver. Leu outros livros de Graciliano e Guimarães Rosa. Leu Machado, leu Lima Barreto, leu Clarice Lispector.
Leu os poemas de Bandeira e João Cabral, ele que antes achava poesia coisa de homossexuais. E de repente estava decidido: queria dedicar sua vida à literatura. Naquele mesmo ano fez vestibular para o curso de letras. Nunca fora um bom aluno, mas varou noites preparando-se para o exame. Foi aprovado, fez o curso, tornou-se professor -leciona na universidade. Os alunos adoram suas aulas: dizem que nunca se viu alguém falar de literatura com tanto entusiasmo, com tanta emoção. Mais: seu estudo sobre Graciliano é considerado exemplar.
Ah, sim, ele tem um sonho. Gostaria, como Graciliano e Guimarães Rosa, de ser um ficcionista. Tem na cabeça o projeto de um romance. É a história de um hacker que, entrando num site, descobre uma história tão emocionante que muda sua vida.
Uma história como o Graciliano Ramos escreveria, se, claro, fosse um ex-hacker.
Folha de S. Paulo (SP) 28/4/2008

O rio assassino
Carlos Heitor Cony
RIO DE JANEIRO - Animal urbano, sempre me encantei com as imagens bucólicas da roça, seus costumes e lendas, sobretudo suas sentenças incorporadas à sabedoria do homem comum.
Dessas imagens, a que considero mais ilustrativa é a do boi de piranha, sacrificado para que o resto da boiada atravesse incólume o rio assassino.
Nenhuma novidade em comparar a política com esse rio infestado de dentes assassinos, prontos a devorar a carne fresca dos que ali se atiram ou são atirados.
O caso mais recente é o da ministra-chefe da Casa Civil da Presidência. Para prestigiá-la, ou para se livrar dela, Lula a escolheu como substituta preferencial no poder e parece que ela não apenas gostou da escolha, mas de certa forma a assumiu seriamente.
Ocupando o posto de um defenestrado, o Zé Dirceu, ela dava a impressão de que estaria acima do bem e do mal, até que Lula teve a feliz ou infeliz idéia de fazê-la sua sucessora. Em pouquíssimo tempo, o pedestal que a sustentava desmoronou, tornando-a suspeita das últimas embrulhadas em que o governo se meteu ou que se meteram com o governo.
Primeiro foi o caso do dossiê contra FHC; agora é a transação complicadíssima da compra da Varig - em que ela é formalmente acusada de ter participado em nível de decisão final. Tal como no primeiro caso, é possível que a onda contra a ministra fique diluída por outros eventos que nos separam da nova campanha presidencial.
Mas o apetite das forças interessadas em reduzir a nutrida candidata a osso descarnado continuará voraz. Lula é o responsável pelo potencial sacrifício de sua auxiliar mais próxima. Acredito que foi uma forma de avisar a outros possíveis candidatos que o terceiro mandato é mais seguro para todo o esquema do poder atual.
Folha de S. Paulo (SP) 10/6/2008

Sobre a ABL



Acervo Museológico

O acervo museológico da ABL é formado por obras de arte, mobiliário de época e peças de arte decorativas, assim como objetos de uso pessoal dos Acadêmicos. Nas coleções de pintura e escultura destacam-se obras de Portinari, Rodolfo Bernardelli, Gomes Carollo, Manuel Santiago, Leão Veloso e Bruno Giorgi.
Grande parte deste acervo está em exposição permanente no Petit Trianon e pode ser apreciada através da Visita Virtual. Outras peças encontram-se nas dependências do Centro Cultural da Academia.

Memória da ABL
Acervo Museológico

oitenta anos de CHE - .


"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros."Che Guevara

14/06/2008

PERGUNTAS FREQÜENTES SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO

1. Porquê fazer um Acordo Ortográfico? Porque o Português é língua oficial em oito Estados soberanos mas tem duas ortografias, ambas corretas, a de Portugal e a do Brasil. Existem desvantagens na manutenção desta situação e a língua será internacionalmente tanto mais importante quanto maior for o seu peso unificado. A existência de dupla grafia limita a dinâmica do idioma e as diferenças criam obstáculos, maiores ou menores, em todos os incontáveis planos em que a forma escrita é utilizada: seja a difusão cultural (literatura, cinema, teatro); a divulgação da informação (jornais, revistas, mesmo a TV ou a Internet); as relações comerciais (propostas negociais, textos de contratos) etc., onde o Português escrito é utilizado. Isto, se considerarmos apenas as relações intracomunitárias (nos oito países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP).Nas relações internacionais, recorde-se que existem quatro grandes línguas (Inglês, Francês, Português e Espanhol) e que o Português é a única com duas grafias oficiais. Assim, no plano intracomunitário, a dupla grafia dificulta a partilha de conteúdos, no plano internacional, limita a capacidade de afirmação do idioma, provocando, por exemplo, traduções quer literárias quer técnicas diferentes para Portugal e Brasil.2. Mas como se explica que exista mais do que uma ortografia?No rescaldo da implantação da República em Portugal, deu-se a 1ª Reforma Oficial da Ortografia Portuguesa que, em 1911, estabeleceu uma ortografia simplificada, consagrada nos textos oficiais de ensino. Esta profunda reforma não foi concertada na altura com a República Brasileira, e desde essa data a língua tem comportado duas grafias. Sucede que a língua, como realidade dinâmica que é, está sujeita a evolução. A ortografia do Português não é exceção e as duas ortografias então existentes trilharam caminhos diferentes, não obstante várias iniciativas dos dois países, singulares e concertadas, no sentido da unificação.3. Quais são os Estados signatários (partes) do Acordo Ortográfico?Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. O Acordo encontra-se aberto à adesão de Timor-Leste que em 1990 ainda não tinha reconquistado a independência.4. Qual a estimativa de pessoas no mundo que falam a língua portuguesa?Calcula-se em mais de 200 milhões as pessoas que falam Português em todo o mundo.5. O Acordo foi assinado em 1990, mas só entraria em vigor com a ratificação de todos os países? O que mudou com os Protocolos Modificativos ao Acordo?O Acordo Ortográfico na sua versão original, de 1990, previa entrada em vigor apenas quando se verificasse a ratificação (recepção do Acordo no ordenamento jurídico interno do Estado) por todos os signatários. Os Protocolos Modificativos alteraram apenas a modalidade de entrada em vigor do Acordo. O conteúdo, i.e., as alterações ortográficas do Acordo Original mantém-se.6. Por que foi necessário um segundo Protocolo? O primeiro não tem valor?Foi necessário um Segundo Protocolo Modificativo pois a alterações produzidas pelo primeiro (ampliando o prazo para entrada em vigor) demonstraram-se ineficazes. A assinatura do 2º Protocolo estabelece que, o Acordo Ortográfico entraria em vigor com a ratificação por três dos Estados signatários (naturalmente, para os Estados que procedessem à ratificação). O Primeiro Protocolo Modificativo, não apresenta hoje qualquer conteúdo prático. Saiba mais sobre o tema em http://www.cplp.org/comunicados.asp 7. O Acordo Ortográfico já está em vigor? Em que países?Sim, na ordem jurídica internacional e no Brasil, em Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, por força da ratificação pelos três Estados do Acordo Ortográfico e do Segundo Protocolo Modificativo. O terceiro signatário a ratificar, S. Tomé e Príncipe, depositou os documentos correspondentes em dezembro de 2006 e, por esse efeito fez com que o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrasse em vigor no dia 1 de janeiro de 2007. Saiba mais em http://www.cplp.org/comunicados.asp.8. Porquê da demora na ratificação por parte dos demais países signatários?As razões que cada um dos signatários do Acordo Ortográfico tem para proceder ou não à sua ratificação são matéria do foro interno de cada Estado. A CPLP remete assim para os Estados a divulgação de informações quanto a esta questão.9. Foi definida data para os Estados signatários ratificarem o Acordo?O Acordo, na sua redação original (1990), previa a entrada em vigor a 1 de janeiro de 1994, após o depósito dos instrumentos de ratificação de todos os Estados signatários. Esta disposição tornou-se letra morta quando a data foi ultrapassada sem terem sido efetuadas as ratificações. Esta redação foi alterada pelos Protocolos Modificativos sendo que não se extrai dos textos qualquer outra data, não existe um prazo para ratificação do Acordo.10. O que acontece à ortografia do Português nos países que não ratificarem?Nada. Caso não seja ratificado, o Acordo Ortográfico não se torna parte dos ordenamentos jurídicos nacionais dos signatários e assim as alterações que estabelece não se verificarão na ortografia desses países.11. Mas podem uns países avançar com a implementação do Acordo Ortográfico sem os demais?Sim, dado que está prevista a entrada em vigor desde que ratificado por três Estados, o que já aconteceu. Todavia, é de lembrar que o objetivo é a unificação, e que o ideal seria que todos os países avançassem em uníssono. Com efeito, a medida do sucesso do Acordo Ortográfico depende da sua ratificação e implementação por todos os Estados signatários. Só com todos poderá atingir o pleno dos seus objectivos originais.12. Existe uma estimativa quanto ao número de palavras alteradas?Segundo os dados disponibilizados pela Academia de Ciências de Lisboa, à data da celebração do Acordo, o número de palavras cuja ortografia seria alterada não ultrapassaria os 2 por cento! Pouco mais de 2.000 palavras num universo de 110.000. Não estão contabilizadas: as alterações à utilização do hífen e as resultantes da supressão do trema, diminutas em número e de fácil apreensão.13. Quais foram os critérios utilizados para desenvolver as novas normas ortográficas? Segundo o próprio Acordo, o esforço de unificação da grafia foi presidido por um critério fonético, isto é, a ortografia das palavras é alterada no sentido de as aproximar à forma falada. (ex.: abolição das consoantes mudas).14. Mas se o critério fonético está subjacente às alterações, o Português falado é alterado?Não. A forma falada do Português não sofrerá qualquer alteração no curto prazo (embora não seja de excluir que, no futuro, o "p" que os portugueses utilizam em baptismo e pronunciam muito levemente, venha a desaparecer). Repare-se que no cenário atual de duas grafias, portuguesa e brasileira, mesmo dentro dos limites territoriais de cada um destes dois Estados, existem diferentes formas de falar o português, não obstante cada um dos países ter apenas uma ortografia. No mesmo sentido, os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, que usam a ortografia portuguesa, falam o português de forma diversa, quer entre si, quer da falada em Portugal ou no Brasil. As variações da língua falada não serão afetadas pelo Acordo. Altera-se a ortografia no sentido de a unificar, utilizando a fonética apenas como um dos instrumentos dessa unificação ortográfica.15. Quais os prazos e custos para a implementação das alterações?O Acordo ocupa-se apenas das regras ortográficas e define um patamar de compromisso em termos ortográficos. Cabe a cada um dos Estados envidar esforços no sentido de chegar a esse patamar. O processo de implementação não se encontra definido no Acordo. Entende-se assim que caberá a cada Estado estudar as suas necessidades específicas e definir o plano de ação nacional, no sentido de concretizar o Acordo. Assim, remete-se para as autoridades nacionais qualquer informação sobre prazos e custos.16. Quando se começarão a sentir os efeitos práticos? Será imediato ou escalonado?Sendo que cada país definirá o seu plano de ação, os efeitos do Acordo começarão a sentir-se à medida que as autoridades nacionais avançarem com a sua implementação. Assim, será o plano de ação nacional de implementação de cada Estado que definirá as áreas (ensino, administração pública, comunicação social, etc.) onde as alterações se farão sentir em primeiro lugar. Dada a complexidade relativa em termos técnicos (Ex. manuais escolares) e financeiros, cada Estado adotará, provavelmente, planos de ação gradativos. Recorda-se que não será a entrada em vigor, por si, do Acordo que levará os cidadãos a respeitarem as novas regras ortográficas. Existe uma nova ortografia, mas a sua implementação não é instantânea. Serão possivelmente definidos, pelos próprios Estados, períodos de transição para as áreas onde tal faça sentido, ex.: manuais escolares, gramáticas e dicionários, formulários de serviços públicos, contratos, etc.17. É isto que se entende por "moratória" de aplicação do Acordo?Tem sido por vezes referido na imprensa que o Acordo prevê uma "moratória" para a sua aplicação. Tal informação é incorreta. Não obstante, e como já foi abordado acima, a introdução das alterações ortográficas dificilmente será instantânea. Naturalmente existirá um período de convivência entre as duas grafias, que será diferente consoante o contexto. Isto é, qualquer livraria terá, durante os anos vindouros, livros nas suas prateleiras escritos nas duas grafias, mas dificilmente se encontrará, uma vez implementado o Acordo, um jornal diário que não reflita as alterações. Por este exemplo se vê que as diferentes manifestações da língua escrita terão, pelos seus ciclos naturais, diferentes prazos para absorver as alterações.25/03/2008 Fonte: http://visaoglobal.org/2008/03/25/pequeno-roteiro-da-reforma-ortogrfica/

NOTÍCIA

Brasil recebe dicionário pós-acordo ortográfico
Com sede em São Paulo, a editora portuguesa Texto Editores lança, em 15 de maio, o "Novo Dicionário da Língua Portuguesa - Conforme Acordo Ortográfico", o primeiro do gênero publicado no país com as mudanças que ocorrerão na nossa grafia assim que o acordo estiver em vigor.O governo de Portugal aprovou em 6 de março a proposta do segundo protocolo modificativo do acordo ortográfico da língua portuguesa. Mas a transição para a nova grafia só ocorrerá em seis anos por lá, segundo o Conselho de Ministros Português.Até lá, só o Brasil confirmou que adotará a mudança já em 2010, quando os didáticos inscritos no Programa Nacional do Livro Didático terão de estar em conformidade com o novo acordo.O "Novo Dicionário" contém 125 mil verbetes num volume de tamanho médio. Foi lançado em Portugal em março. O título contou com a colaboração dos lingüistas João Malaca Casteleiro e Pedro Dinis Correia. 26/05/2008 Fonte: Revista Língua Portuguesa

A EVOLUÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA

A Evolução da Língua Portuguesa
Destacam-se alguns períodos:
1) Fase Proto-histórica
Compreende o período anterior ao século XII, com textos escritos em latim bárbaro (modalidade usada apenas em documentos, por esta razão também denominada de latim tabeliônico).
2) Fase do Português Arcaico
Do século XII ao século XVI, compreendendo dois períodos distintos:
a) do século XII ao XIV, com textos em galego-português;
b) do século XIV ao XVI, com a separação entre o galego e o português.
3) Fase do Português Moderno
Inicia-se a partir do século XVI, quando a língua se uniformiza, adquirindo as características do português atual. A literatura renascentista portuguesa, notadamente produzida por Camões, desempenhou papel fundamental nesse processo de uniformização. A primeira Gramática da linguagem portuguesa, escrita por Fernão de Oliveira, data de 1536 e baseia-se no conceito clássico de gramática, entendida como "arte de falar e escrever corretamente".

11/06/2008

ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA “DEJANI RIBEIRO CAMPOS”


FORMAÇÃO CONTINUADA
30/05/2008


LINGUAGEM: POSIÇÃO DE DESTAQUE NO UNIVERSO DA COMUNICAÇÃO


•OBJETIVO:
PERCEBER QUE A INTERAÇÃO ENTRE DIVERSAS LINGUAGENS CONFERE UM AMPLO GRAU DE ABRANGÊNCIA AOS ATUAIS PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO.






REENCONTRO

10/06/2008

3º LUGAR DA CATEGORIA INFANTIL

PARABÉNS CRIANÇAS!
VOCÊS MOSTRARAM QUE FAZEM A DIFERENÇA EM NOSSA ESCOLA
.
Postado por Rodolfo Augusto T.Curvo. às 15:41
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EEEFM "RODOLFO AUGUSTO T. CURVO"


07/06/2008

CURIOSIDADES

Mistérios da Língua: Norte-Americano vai às Compras
Divirta-se com a lista de compras de um norte-americano, aprendiz da língua portuguesa:
Pay she (Peixe)
Key jow parm zoon (Queijo parmesão)
Mac car on (Macarrão)
Cow view floor (Couve-flor)
My one easy (Maionese)
Pier men tom (Pimentão)
Paul me to (Palmito)
Better hab (Beterraba)
All face (Alface)
Lee moon (Limão)
Car need boy - mail kilo (Carne de boi - meio quilo)
Beer in gel (Beringela)
Spa get (Espaguete)
Far in three go (Farinha de trigo)
As par goes (Aspargos)
Too much (Tomate)

CURIOSIDADES

Provérbios da Informática
A pressa é inimiga da conexão.
A pressa é inimiga da digitação.
Amigos, amigos, senhas à parte.
Antigamente servidor era apenas um funcionário público.
Arquivo dado não se olha o formato.
Dedo mole em tecla dura, tanto bate até que acostuma.
Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.
Em casa de programador, espeto é de fibra ótica.
O barato sai caro e lento.
Olho por olho, clique por clique.
Mouse sujo se lava em casa.
Placa-mãe só tem uma.Quando um não quer, dois não teclam.
Quem cala, ou consente ou tecla com alguém mais interessante.
Quem envia o que quer, recebe o que não quer.
Quem faz backup, amigo é.
Quem não clica, se trumbica.
Quem não clica não petisca.
Quem semeia mail, colhe spam.
Quem vê nick não vê cara e muito menos coração.
Um é pouco, dois é bom, três é chat.
Uma imagem vale por 1024 palavras.
Se correr o hacker pega, se ficar o hacker come.
Vamos no pique que atrás vem clique.

CURIOSIDADES

Você entende o Hino Nacional Brasileiro?

O Hino Nacional Brasileiro, símbolo de exaltação à pátria, é uma canção bastante complexa. Além de possuir palavras pouco usuais, sua letra é rica em metáforas. O texto segue o estilo parnasiano, o que justifica a presença de linguagem rebuscada e de inversões sintáticas, que dificultam a compreensão da mensagem. Assim, a priorização da beleza da forma na elaboração do hino fez com que a clareza ficasse comprometida.
Você, que já sabe cantar o hino nacional, conhece-o pela melodia e musicalidade ou pelo sentido que a mensagem representa? A maioria das pessoas, apesar de ter domínio da letra, desconhece seu significado. Veja a seguir o hino nacional. Observe as palavras em destaque e suas definições em parênteses. É provável que você se surpreenda com as informações que sempre proclamou, sem, de fato, estar ciente disso.

Parte I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas (calmas, tranqüilas, serenas)De um povo heróico o brado (grito, clamor) retumbante (que ressoa, ecoante)E o sol da liberdade (independência), em raios fúlgidos (brilhantes, luminosos),Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Parte II
Deitado eternamente em berço esplêndido (admirável, grandioso), Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras (cintilas, brilhas), ó Brasil, florão (ornato, enfeite) da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Se o penhor (direito) dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte (com nossa firmeza), Em teu seio (interior, âmago), ó liberdade, Desafia o nosso peito (coração) a própria morte!
Do que a terra, mais garrida (vistosa),Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,"Nossos bosques têm mais vida", "Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada, Idolatrada (adorada, venerada, amada), Salve! Salve!
Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido (brilhante, resplandecente)De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso (belo) céu, risonho (repleto de promessas) e límpido (claro), A imagem do Cruzeiro (constelação Cruzeiro do Sul) resplandece (brilha).
Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro (bandeira) que ostentas (exibes) estrelado, E diga o verde-louro (amarelo) dessa flâmula (bandeira)- Paz no futuro e glória no passado.
Gigante pela própria natureza (desde que nasceste), És belo, és forte, impávido (destemido) colosso (gigante) E o teu futuro espelha (refletirá) essa grandeza.
Mas, se ergues da justiça a clava (arma) forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada!
Terra, adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil (generosa),Pátria amada, Brasil!
Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada / Música: Francisco Manuel da Silva

Saiba mais:
Sobre os autores
Joaquim Osório Duque Estrada nasceu em Pati do Alferes (RJ) em 1870 e faleceu em 1927, no Rio de Janeiro. Além de atuar como professor do Colégio D. Pedro II e da Escola Normal, foi poeta e crítico literário. Francisco Manuel da Silva nasceu em 1795 no Rio de Janeiro, onde faleceu em 1865. Dedicou-se à música desde a infância, fundando a Sociedade Beneficente Musical e o Conservatório de Música do Rio de Janeiro.
Estilo do texto
Trata-se de um texto parnasiano, que privilegia a forma mesmo com sacrifício da clareza da mensagem, gerando dificuldades de compreensão. Para isso, colaboram o preciosismo vocabular e as freqüentes inversões da ordem do discurso, tão ao gosto dos acadêmicos do final do século XIX, mas distantes do universo das gerações atuais.
Parnasianismo e Romantismo
Sabe-se que a forma do poema é rigorosamente parnasiana, porém o seu conteúdo é romântico, inserindo-se nas propostas dessa escola literária no que se refere à exaltação ufanista.
Canção do Exílio
Na segunda parte do hino, os trechos que estão entre aspas foram extraídos do poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias.
300 anos sem hino
Desde o descobrimento, o Brasil demorou mais de 300 anos para ter um hino. Em 1831, Francisco Manuel da Silva compôs a melodia. A letra veio 91 anos mais tarde. Após várias opções não terem sido aprovadas pelos portugueses, em 1922, o presidente Epitácio Pessoa declarou o texto de Osório Duque Estrada como letra oficial do hino nacional brasileiro.
50 versos
A letra do hino nacional possui ao todo 50 versos, distribuídos em duas partes rigorosamente simétricas, tanto na métrica como no ritmo.

Versão Simplificada
Você sabia que existem diversas versões que tentam simplificar o hino nacional brasileiro, a fim de facilitar o entendimento da mensagem? Observe, por exemplo, a versão abaixo:
Nas margens tranqüilas do riacho Ipiranga se ouviu Um grito muito forte de um povo heróico , E, nesse instante, O sol da liberdade brilhou no céu do Brasil, Com seus raios muito cintilantes. Nós conseguimos conquistar, com muitas lutas, A garantia de sermos iguais aos outros. Ó Liberdade, Desafiamos a própria morte Quando estamos junto a ti.
Viva! Viva! País amado e adorado.
Brasil, um sonho forte, como um raio muito luminoso, De amor e de esperança desce à terra, Se a imagem das estrelas do Cruzeiro do Sul,Brilha em teu céu bonito, risonho e claro.
Pela sua própria natureza és um gigante, Gigante corajoso, és belo, és forte, E o teu futuro vai ser grande como tu.
Brasil, Pátria querida, Entre tantas outras nações, Tu és a mais adorada.
Brasil, Pátria amada, És a mãe querida dos filhos Que nasceram aqui!
Localizado para sempre em terras magníficas,Banhado por um oceano e pela luz de um céu imenso, Brilhas, Brasil, jóia das Américas, Iluminado com o sol deste Continente. Teus campos, risonhos e lindos, Têm mais flores do que a terra mais enfeitada. Nossas florestas têm mais vida. Nossa vida mais amores, Quando estamos junto de ti.
Viva! Viva! País amado e adorado.
Brasil, que a tua bandeira estrelada Seja um símbolo de amor eterno! E que o verde-amarelo desta bandeira diga: "Nós temos glórias no passado e no futuro teremos paz".
Mas se levantares a arma forte da justiça, Verás que um brasileiro não foge de uma luta!E quem te adora não tem medo nem da morte.
Brasil, Pátria querida, Entre tantas outras nações, Tu és a mais adorada.
Brasil, Pátria amada, És a mãe querida dos filhos Que nasceram aqui!

06/06/2008

FRASES

“ Do meu telescópio, eu via DEUS caminhar! A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um SER que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta.”
Isaac Newton


FIGURAS DE LINGUAGEM

As figuras de linguagem são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um recurso lingüístico para expressar experiências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso.

As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as produz, traduzindo particularidades estilísticas do autor. A palavra empregada em sentido figurado, não-denotativo, passa a pertencer a outro campo de significação, mais amplo e criativo.

As figuras de linguagem classificam-se em:

a) figuras de palavras;

b) figuras de som;

c) figuras de pensamento;

d) figuras de sintaxe.

Figuras de palavra:As figuras de palavra consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação.

São figuras de palavras:

Comparação:
Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos - feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem - e alguns verbos - parecer, assemelhar-se e outros.

Exemplos: "Amou daquela vez como se fosse máquina. / Beijou sua mulher como se fosse lógico." (Chico Buarque);

"As solteironas, os longos vestidos negros fechados no pescoço, negros xales nos ombros, pareciam aves noturnas paradas..." (Jorge Amado).

Metáfora:
Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.

Exemplo: "Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é a razão." (Machado de Assis).

Metonímia:
Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:

- o continente pelo conteúdo e vice-versa: Antes de sair, tomamos um cálice (o conteúdo de um cálice) de licor.

- a causa pelo efeito e vice-versa: "E assim o operário ia / Com suor e com cimento (com trabalho) / Erguendo uma casa aqui / Adiante um apartamento." (Vinicius de Moraes).

- o lugar de origem ou de produção pelo produto: Comprei uma garrafa do legítimo porto (o vinho da cidade do Porto).

- o autor pela obra: Ela parecia ler Jorge Amado (a obra de Jorge Amado).

- o abstrato pelo concreto e vice-versa: Não devemos contar com o seu coração (sentimento, sensibilidade).

- o símbolo pela coisa simbolizada: A coroa (o poder) foi disputada pelos revolucionários.

- a matéria pelo produto e vice-versa: Lento, o bronze (o sino) soa.

- o inventor pelo invento: Edson (a energia elétrica) ilumina o mundo.

- a coisa pelo lugar: Vou à Prefeitura (ao edifício da Prefeitura).

- o instrumento pela pessoa que o utiliza: Ele é um bom garfo (guloso, glutão).

Sinédoque:
Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por outro, havendo ampliação ou redução do sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos sinédoque nos seguintes casos:

- o todo pela parte e vice-versa: "A cidade inteira (o povo) viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos (parte das patas) de seu cavalo." (J. Cândido de Carvalho)

- o singular pelo plural e vice-versa: O paulista (todos os paulistas) é tímido; o carioca (todos os cariocas), atrevido.

- o indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum): Para os artistas ele foi um mecenas (protetor).

Catacrese:
A catacrese é um tipo de especial de metáfora, "é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora tornada hábito lingüístico, já fora do âmbito estilístico." (Othon M. Garcia).

São exemplos de catacrese: folhas de livro / pele de tomate / dente de alho / montar em burro / céu da boca / cabeça de prego / mão de direção / ventre da terra / asa da xícara / sacar dinheiro no banco.

Sinestesia:
A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).

Exemplo: "A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia [sensações táteis], quase irreal." (Augusto Meyer)

Antonomásia:
Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a distingue.

Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.) do nome próprio.

Exemplos: "E ao rabi simples (Cristo), que a igualdade prega, / Rasga e enlameia a túnica inconsútil; (Raimundo Correia). / Pelé (= Edson Arantes do Nascimento) / O Cisne de Mântua (= Virgílio) / O poeta dos escravos (= Castro Alves) / O Dante Negro (= Cruz e Souza) / O Corso (= Napoleão)

Alegoria:
A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo objeto; é uma figura poética que consiste em expressar uma situação global por meio de outra que a evoque e intensifique o seu significado. Na alegoria, todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos - um referencial e outro metafórico.

Exemplo: "A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a orquestra é excelente..." (Machado de Assis).

04/06/2008

Linguagem Diferente
Qual o jovem que não passa horas na frente do computador? A internet ajuda a aproximar os amigos, facilita a paquera e a pesquisa escolar.De tanto conversar, a moçada acabou criando uma linguagem própria para o computador. Um jeito, digamos, bem diferente de escrever, que já criou polêmica e motivou uma tese de mestrado. Teclar e digitar são a mesma coisa para a maioria das pessoas. Para os jovens não. Nessa geração, trabalho de escola é digitado, conversa em site é teclada.Como são diferentes, elas têm até linguagens próprias. Para os trabalhos, vale a boa e velha língua portuguesa. Já para o bate-papo, ganha cada vez mais espaço o "internetês", dialeto próprio da internet, baseado principalmente na velocidade.. Pra escrever mais rápido, as palavras perdem letras e acentos. Outras vezes, ganham a pronúncia por escrito. "Pra tentar atingir a velocidade da fala, pra se comunicar mais fácil", disse um jovem. "Se você for certinho pra todas elas, aí você atrasa todas as conversas", disse Ana Carolina Pucharelli, de 16 anos. O problema é que, às vezes, uma linguagem invade o espaço da outra. A professora de línguas Cássia Batista resolveu pesquisar o assunto quando encontrou um bilhete jogado na sala de aula. Conversando com as autoras do bilhete, a professora percebeu que a mistura das línguas ia mais além. "Existe uma preocupação de que essa influência já esteja também passando pra fala. A questão do "beleza", que virou "belê", então isso é da internet." A pesquisa virou uma tese de mestrado. "Nós não podemos fechar os olhos e dizer que está errado, que não vamos deixar entrar isso na escola. Já entrou, não adiante, não tem jeito. O meio eletrônico está pedindo esse tipo de linguagem. Existe, é fato." No democrático mundo globalizado, também há internautas que são contra o internetês e que estão usando as armas da própria rede numa campanha em favor da língua portuguesa. A Júlia, de São Paulo, vai experimentar essa novidade. Ela entra no site criado lá no Rio de Janeiro pelo empresário Paulo Couto. Nas conversas, o programa traduz automaticamente o internetês. Para o empresário, muitas vezes, o internetês dificulta a comunicação. "É um grande dicionário, onde eu pego palavras que são conhecidas no internetês e aplico uma correção para o português, formal nosso", disse Paulo Couto. Às vezes, precisa mesmo de tradução. Exemplo: blz quer dizer beleza, fmz significa firmeza. Os próprios jovens acham que tem que tomar cuidado com o uso do internetês. Proibir é pura perda de tempo. O melhor é tentar manter o bom senso. "Toda linguagem sofre transformações. Isso é inevitável. Nós já tivemos várias influências. Antigamente, vós mercê, depois, você e agora cê. Vai saber o que daqui a pouco vir. A influência é inevitável", disse a professora Soraia Carvalho. "Linguagem de internet na internet e em escola outra linguagem, do português certo mesmo", disse um aluno. 02/11/2005 Fonte: http://jornalhoje.globo.com/JHoje/0,19125,VJS0-3076-20051102-119582,00.html#

02/06/2008

SEMÂNTICA
DEFINIÇÃO
Em lingüística, Semântica estuda o significado e a interpretação do significado de uma palavra, de um signo, de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Nesse campo de estudo se analisa, também, as mudanças de sentido que ocorrem nas formas lingüísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e espaço geográfico.

SEMÂNTICASemântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua.

Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração:

Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, remoto.

Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim.

Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos:

As homônimas podem ser:

Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo consertar);

Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo);

Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo (advérbio);

Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar - discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar).

Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.

Conotação e Denotação:

Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelo contexto. Exemplos: Você tem um coração de pedra.

Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original. Exemplos: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas.