04/12/2010

LivroClip de Crime e Castigo, de Dostoiévski

04/09/2010

POLÍTICA E POLITICALHA (Rui Barbosa)

Volto a postar esse texto, justamente para que reflitamos sobre a essência da política. Afinal, somos políticos desde o nosso primeiro choro enquanto bebê. O que precisamos é acreditar na política e abrir os olhos com os politiqueiros de plantão que só sabem legislar em causa própria.  Mas nem tudo está perdido, afinal temos representantes novos, com passado limpo, que já mostrou que não tem medo de lutar contra os poderosos. "A esperança é a última que morre"


 A políca afina o espírito humano,educa os povos no conhecimento de si mesmos,desenvolve nos indivíduos a atividade, a coragem, a nobreza, a previsão , a energia, cria, apura, eleva o merecimento.Não é esse jogo da intriga, da inveja e da incapacidade, a que entre nós deu a alcunha de politicagem.Esta palavra não traduz ainda todo o desprezo do objetosignificado.Não há dúvida que rima bem com criadagem e parolagem, afilhadagem e ladroagem.Mas não tem o mesmo vigor de expressão que seus consoantes.Quem lhe dará com o batismo adequado?Politiquice? politiquismo?Politicaria? Politicalha? Neste último, sim, o sufixo pejorativo queima como um ferrete, e desperta ao ouvido uma consonância elucidativa. Política e politicalha não se confundem,não se parecem, não se relacionam uma com a outra.Antes se negam , se excluem, se repulsam mutuamente..A política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas, ou tradiçõesrespeitáveis.A Politicalha é a industria de explorar o benefício de interesses pessoais.Constitui a politíca uma função , ou um conjunto das funções do organismo nacional: é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora de si mesma.A Politicalha, pelo contrário,é o envenenamento crônico dos povos negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis.A POLÍTICA é a higiene dos países moralmente sadios .A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada.
                                                                                                Rui Barbosa, em 18 de janeiro de 1917.

27/04/2010

Nomes de cores têm regras próprias de pluralização

Por Thaís Nicoleti

"Está presente em cereais integrais e verduras verde-escuro."


O plural dos nomes de cores costuma causar alguma confusão. Para elucidar o problema, vale a pena lembrar que esses termos geralmente são adjetivos compostos, portanto seguem a regra universal de palavras assim formadas: flexiona-se apenas o último elemento. Assim: camisas verde-escuras, paletó verde-escuro e assim por diante.

Pode ocorrer, entretanto, que o nome de cor seja tomado como substantivo (nesses casos, é antecedido de um artigo). A concordância será feita, então, de acordo com as regras dos substantivos compostos (pluralização de ambos os elementos). Assim: "Os verdes-escuros e os azuis mesclavam-se com tons mais claros".

Fica claro, então, que o primeiro passo é saber se estamos diante de um substantivo ou diante de um adjetivo, pois cada qual tem sua regra de pluralização. Estando diante do adjetivo, cumpre observar certas situações de emprego.

Um adjetivo, seja ele qual for, posposto a mais de um substantivo (referente a todos esses substantivos) poderá concordar com o elemento mais próximo ou com a totalidade dos substantivos, que, se tiverem gêneros diferentes, levarão o adjetivo para o masculino plural. No fragmento acima, o adjetivo "verde-escuro" refere-se apenas ao último elemento, portanto é com ele que concorda: verduras verde-escuras.

Cumpre ainda observar que, se o segundo elemento do adjetivo composto for um substantivo, o composto permanecerá invariável. É por isso que não têm plural adjetivos como os seguintes: amarelo-ouro, verde-limão, azul-turquesa, cor-de-rosa, cor de vinho etc. Caso apenas o substantivo indique a cor, também não haverá plural: camisas cinza, carros prata, vestidos laranja etc.
Abaixo, o fragmento corrigido:

Está presente em cereais integrais e verduras verde-escuras.

16/02/2010

Mato-grossenses podem tentar UFMT na 2ª fase do SiSU

Da Redação - Jardel Arruda


Quem é de Mato Grosso e ficou de fora da lista de aprovados na primeira etapa do SiSU (Sistema de Seleção Unificada) na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) podem tentar a sorte nesta semana, na segunda etapa de inscrições, que reabriu nesta segunda-feira (15) e vai até sexta-feira (19).

Esta etapa é voltada para quem visa as vagas remanescentes na rodada inicial. No total, 65% das vagas da federal de Mato Grosso ainda estão disponíveis. Somente o curso de Medicina oferece 40 vagas na segunda etapa de inscrições. Essa oferta significa uma desistência de 50% dos aprovados na primeira etapa de matriculas, já que a universidade oferece 80 vagas no total.
Se por um lado esse número é considerado anormal e assusta, ele serve de esperança para quem ainda sonha com uma vaga no curso mais concorrido da federal de Mato Grosso. Para aqueles que buscam seguir carreira em outras áreas da Saúde ainda há mais opções. A UFMT ainda possui 49 vagas disponíveis em Enfermagem e 54 em Psicologia no campus Cuiabá, por exemplo.

Para quem tem disponibilidade de ir para o interior do estado, o campus do Pontal do Araguaia ainda possui 41 vagas em aberto na graduação de Enfermagem. No mesmo curso, Rondonópolis ainda oferece 55, enquanto Sinop, com uma das maiores ausências de matrículas em único curso, ainda possui 94 a preencher.
A graduação de Biomedicina, em Barra do Garças, que teve uma grande procura para inscrições na primeira etapa do SiSU, ainda oferece 39 vagas. Medicina Veterinária, do campus Sinop, também foi preterida pelos candidatos aprovados e possui 85 vagas a preencher.

Motivos possíveis

Entre os motivos mais apontados como possíveis causadores dessa ausência de matrículas estão os resultados de outras universidades que foram divulgados no decorrer desta semana e no fim da anterior.

Mackenzie, Universidades Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Fuvest, em tese, seriam mais interessantes para os aprovados oriundos de outros estados, que, ao que tudo indica, parecem ser maioria na primeira etapa do SiSU.

Um dos indicadores que reforçam essa teoria é que dentre os 35% de matriculados, 80% são de Mato Grosso. Portanto, quem engrossa a cifra de abstenções são candidatos de outros estados.

Com a ‘saída’ dos concorrentes de fora de Mato Grosso, aumenta a chance de matrículas por parte dos mato-grossenses, mesmo tendo sido superados pela concorrência nacional em um primeiro momento.

fonte:http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?noticia=Mato-grossenses_podem_tentar_UFMT_na_2ª_fase_do_SiSU&id=83839

13/02/2010

"Forasteiros" do Enem na UFMT ainda são poucos, afirma reitora

11/02/2010 - 20h53
Redação 24 Horas News

Apenas 11% dos candidatos classificados pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) efetuaram suas matrículas até o final da tarde de quinta-feira no campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Cuiabá. Desses total, 80% são residentes em Mato Grosso, informou a reitora Maria Lúcia Cavalli Neder. Ou seja: poucos são os chamados "forasteiros". A reitora esclareceu, contudo, que esse é um resultado parcial e que, para se ter um quadro real sobre a ocupação das vagas, será preciso esperar até a conclusão da terceira etapa de matrícula.

Na avaliação da reitora, pelos números que já estão postos e pelo que, provavelmente, acontecerá até o final do processo, o receio dos estudantes locais de perderem as vagas para pessoas de outros estados pela abertura proporcionada pelo Enem é infundado e a proporção entre alunos do Estado e de outras regiões não será diferente dos anos anteriores.

Maria Lúcia Neder lembrou que, após essa primeira etapa que iniciou no dia 8 e irá até amanhã, dia 12, serão abertas mais duas – de 15 a 20 de fevereiro e de 1º a 3 de março, quando os candidatos que não foram classificados terão nova oportunidade de concorrer às vagas que não tiverem sido preenchidas. A reitora enfatizou a importância de os candidatos permanecerem atentos a esses prazos de modo a se inscreverem novamente.

No curso de medicina, que, usualmente, é o mais concorrido, foram matriculados, até o fechamento do boletim parcial, 52 alunos, dos quais 20 são de Mato Grosso. No curso de direito, que é o segundo mais concorrido, houve 25 matrículas para o período noturno, sendo 21 de alunos de Mato Grosso e 27 para o período matutino, sendo 24 de Mato Grosso.

Segundo ainda o boletim parcial, o curso de ciências contábeis já está com 22 alunos matriculados no curso matutino e 19 no noturno e todos são do Estado. Essa maioria de alunos locais também se verifica no curso de pedagogia, no qual, de 21 matriculados, 19 são de Mato Grosso.

A reitora declarou que nunca aceitou a tese de que os alunos de Mato Grosso são menos preparados do que os de outros estados brasileiros. Disse, ainda, que, após a conclusão de todas as etapas desse Enem, uma comissão do Conselho de Ensino e Pesquisa (Consepe) vai realizar um estudo sobre o processo seletivo 2010, com o objetivo de avaliar se a UFMT continuará ou não a adotá-lo como única forma de ingresso.

Ela acrescentou ainda que existe uma tendência a permanecer com essa opção, uma vez que ela democratiza o acesso por ser gratuita, bem como por ampliar o leque de escolha de universidades e cursos por parte dos candidatos.

06/02/2010

UFMT é a mais procurada do Brasil por estudantes que fizeram o EnemMais de 56 mil inscritos no Sistema de Seleção Unificada querem uma vaga na Universidade Federal de Mato Grosso.
Redação site TVCA com assessoria




O Ministério da Educação registrou, ao fim de seis dias, 793,9 mil inscrições de estudantes para os 974 cursos de graduação oferecidos por 51 instituições de educação superior que participam do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), sistema para promover a seleção dos candidatos às vagas em universidades públicas. A primeira etapa do processo seletivo foi encerrada às 23h59 de quarta-feira, 3.


O grande destaque desse total de inscrições é Mato Grosso. Das 51 instituições participantes do Sisu, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi a mais procurada por candidatos de todo o Brasil, contabilizados todos os cursos com vagas disponíveis no sistema. Foram 56.703 inscritos buscando vagas no estado. Nesta primeira edição da seleção unificada, a UFMT ofereceu 5.008 vagas, distribuídas em 97 cursos.

O balanço das inscrições da primeira etapa mostra também que o curso de bacharelado interdisciplinar em ciência e tecnologia da Universidade Federal do ABC registrou a maior procura — 16.253 candidatos inscritos. Outro levantamento, que levou em consideração a unidade federativa do candidato, aponta o estado de São Paulo com o maior número de inscritos — 105.436.

O resultado da primeira etapa da seleção unificada será divulgado nesta sexta-feira, 5, e estará disponível para consulta na página eletrônica do Sisu.


Matrícula

Para garantir a vaga, os candidatos classificados devem fazer a matrícula na instituição para a qual foram classificados. O prazo de matrícula — o mesmo para todas as instituições — começa na segunda-feira, 8 de fevereiro, e vai até o dia 12. Os candidatos devem observar a documentação exigida pela universidade ou instituto federal de educação, ciência e tecnologia.

Participam da primeira edição da seleção unificada 23 universidades e 26 instituições federais de educação profissional. Ao todo, foram oferecidas 47,9 mil vagas em cursos superiores, entre bacharelados, licenciaturas e cursos tecnológicos. Além das instituições federais, a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e a Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) participam do Sisu.


Segunda etapa

Os candidatos não selecionados nesta primeira etapa terão nova chance. Eles devem fazer a inscrição na segunda etapa, que começa no dia 15 próximo e vai até o dia 20. Serão oferecidas, então, as vagas não ocupadas na primeira fase.


fonte:http://rmtonline.globo.com/noticias.asp?em=2&p=2&n=479370

28/01/2010

Enem - uma operação de guerra (Arnaldo Niskier )

Não faço parte do grupo que critica violentamente o Enem. Considero uma boa iniciativa, sujeita a aperfeiçoamentos que estão sendo providenciados pelo MEC, para o ano próximo. Fazer as provas em duas etapas (em semestres distintos) já protege o exame do seu gigantismo, que torna quase impraticável a sua implementação. Vejam o que aconteceu: 38% dos inscritos não compareceram, dando um enorme prejuízo ao erário, pois as provas foram impressas e havia locais e professores para a eventualidade de uma presença integral. Quem paga pela imprevidência?


O Enem é uma espécie de operação de guerra. A primeira versão foi a tragédia conhecida, com a anulação do concurso, pela falta de cuidados essenciais dos vencedores da licitação, todos inexperientes. Veio a segunda versão, feita agora, e muitas universidades federais se retiraram do processo, diminuindo a importância do exame. Perda de confiança ou falta de tempo? Ficou a dúvida.

O que nos causou espécie, nas segundas provas, foi o aperto geral dado na elaboração das questões. Os alunos sentiram e se queixaram. Não há uma explicação lógica para a mudança de nível e os técnicos do Inep não vieram a público para esclarecer o fato. Aliás, outro erro indesculpável foi o conhecimento de que uma das questões (no 101) deveria ser anulada, por admitir duas respostas, e mesmo assim foi mantida. Prejuízo claro para os alunos, pois perderam um tempo precioso para escolher a opção que seria correta, quando havia duas respostas possíveis. Não se entende porque uma prova assim complexa não tem um gabarito confiável.

A dúvida jamais poderia ser repassada aos alunos, mesmo que a questão depois fosse anulada. Isso é de uma clara irresponsabilidade, como ficou provado pelas manifestações dos 2,5 milhões de estudantes que fizeram a prova de linguagens, onde ocorreu o fenômeno. Nenhuma desculpa é válida, ainda mais depois do que havia acontecido na primeira e fracassada versão.
Outra crítica está sendo feita – e se avoluma – pelos professores de língua portuguesa. As questões eram prolixas, muito texto, e pouquíssimo apelo aos conhecimentos de Gramática. Só o bom senso não pode ser o fator determinante do sucesso.


O que está acontecendo, meio na surdina, é que os linguistas tomaram de assalto a elaboração das questões e desprezaram, como é do seu estilo, a importância da Gramática para o bom conhecimento do nosso idioma. Não dá para justificar essa preferência, a menos que o Inep deseje entrar para a história como o órgão público que acabou com a Gramática, nas nossas escolas. De onde terá vindo essa esdrúxula orientação?

Não vamos diminuir a dificuldade de elaborar tantas questões, inclusive com as diferentes cores (quatro) que impedem a existência da antiga “cola”. É muito trabalho, sabemos disso, mas é preciso começar o processo com toda antecedência que garanta a lisura e a correção de tudo o que é feito, teoricamente por pessoas altamente qualificadas. Esses erros desmoralizam o empenho do próprio MEC e todos saem perdendo.

Autor: Arnaldo Niskier - é da Academia Brasileira de Letras e presidente do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE/Rio).
Fonte: CH

UFMT oferece mais de 5 mil vagas na seleção unificada

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) está oferecendo um total de 5.008 vagas no processo seletivo de 2010, distribuídas em 97 cursos, oferecidos nos campi de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Araguaia.


Desses 97 cursos, sete iniciarão neste ano e foram criados através do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), do Ministério da Educação (MEC). Serão 450 novas vagas distribuídas entre os cursos de bacharelado em Física (60 vagas), Estatística noturno (60 vagas), Saúde Coletiva (80 vagas) e Zootecnia (80 vagas), no Campus de Cuiabá; Ciências Econômicas (40 vagas), no Campus de Rondonópolis; Direito (65 vagas) e Engenharia Civil (65 vagas), no Campus do Araguaia.

No processo seletivo de 2010 a Universidade Federal do Mato Grosso adotará o Enem como fase única e para preenchimento de vagas remanescentes.

As vagas serão ofertadas no primeiro ou no segundo períodos e o candidato não poderá escolher o período de ingresso, sendo que os primeiros colocados aprovados serão alocados nos cursos com início no primeiro período e os demais no segundo período.

Para a matrícula, os candidatos deverão apresentar documento oficial de identidade; título de eleitor e comprovante de votação da última eleição; cadastro de pessoa física (CPF); e documento comprobatório de estar em dia com as obrigações militares, se candidato do sexo masculino com mais de 18 anos. Esses documentos deverão ser exibidos em original, com restituição ao interessado. Quanto ao certificado ou diploma de conclusão do ensino médio e ao histórico escolar do ensino médio ou o diploma de curso superior devidamente registrado, deverão ser entregues em cópia autenticada, sem restituição ao interessado.

Assessoria de Comunicação da UFMT

Inscrição para seleção unificada começa nesta sexta-feira, 29

Começa nesta sexta-feira, 29, a primeira etapa de inscrição no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) para as vagas oferecidas por universidades federais e institutos federais de educação, ciência e tecnologia que adotaram a nota do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) como fase única do processo seletivo

O que é o Sistema de Seleção Unificada (SiSU)?


É o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educação, por meio do qual as instituições públicas de educação superior participantes selecionarão novos estudantes exclusivamente pela nota obtida no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) 2009.

Quais as instituições e cursos participantes da seleção unificada?

A lista das instituições participantes do SiSU e dos cursos oferecidos pode ser consultada neste portal por meio do item "Vagas" ou do campo de busca. O candidato poderá fazer sua consulta por estado, instituição ou curso.

Quem pode se inscrever no Sistema de Seleção Unificada?

Podem se inscrever na seleção unificada os estudantes que fizeram o Enem 2009. É importante ressaltar que algumas instituições adotam notas mínimas para inscrição em determinados cursos. Nesse caso, no momento da inscrição, se a nota do candidato não for suficiente para concorrer àquele curso, o sistema emitirá uma mensagem com essa informação.

24/01/2010

Dez cuidados básicos para quem deseja aumentar o domínio do idioma e melhorar sua capacidade de comunicação no ano que se inicia

Para quem quer assumir novos desafios este ano, aprimorar a própria expressão em língua portuguesa não é problema a ser minimizado.




O desempenho no próprio idioma em diferentes situações formais é, em geral, tomado como diapasão de outros atributos da pessoa. Se somos descuidados com o português, no que mais seremos descuidados? Se alguém fala comigo de forma truncada, pode errar em outros momentos do nosso relacionamento.



O idioma é, como se vê nestas páginas, mais do que a gramática da língua. A expressão em língua portuguesa pode não se limitar a um decorar de regras gramaticais - sua premissa está em mostrar nossa versatilidade comunicativa e nossa capacidade de tirar de letra os diversos contextos em que nos metemos e os diferentes relacionamentos que mantemos. Saber português significa trabalhar melhor, namorar melhor, interagir melhor.



Ao seguir esse pressuposto, Língua sugere a seguir um programa de orientação para quem deseja aumentar o domínio sobre o idioma e, com isso, melhorar sua comunicação cotidiana neste ano que se inicia. São dez cuidados básicos que, não esgotando cada um dos temas aqui propostos, alertam sobre eventuais fragilidades pessoais ou são pontos de partida para a formação, a produção de textos e discursos orais ajustados às nossas necessidades comunicativas. Afinal, o modo como nos expressamos faz o idioma. As dicas que seguem podem tornar a expressão em língua portuguesa um obstáculo a menos a ser superado, ante os outros que o ano anuncia. (LCPJ)

1. A concordância na volta das férias

Cuidado antes de contar como passou a virada de ano e as horas de lazer

Sintaxe
O tropeço /A explicação / O correto

"Fazem" três semanas que viajei.
"Fazer", quando exprime tempo, é impessoal, fica no singular.
"Faz"

Chegou "em" São Paulo "a" dois dias e partirá daqui "há" cinco horas, a trabalho. Verbos de movimento exigem "a", e não "em" (vai ao cinema, levou a família à praia). Chegou "a" São Paulo "há" dois dias e partirá daqui "a" cinco horas, a trabalho.

"Houveram" muitos carros na estrada.
 "Há" indica passado (= "faz") e "a" indica distância ou tempo futuro (não equivale a "faz"). "Haver", como "existir", é invariável.
 "Houve"

"Há" dez dias "atrás" eu estava no Nordeste.
Redundância. "Há" e "atrás" têm a mesma função de indicar passado na frase.
"Há dez dias eu estava no Nordeste" ou "Dez dias atrás eu estava no Nordeste"

Se eu "ver" o agente de viagens de novo...
A conjugação de "ver" é: "se eu vir, revir, previr". Do verbo "vir": "se eu vier".
 Se eu "vir"

Eis o roteiro "onde" baseei a viagem.
O advérbio ou o pronome relativo "onde" expressa a ideia de lugar: "O hotel onde fiquei").
Eis o roteiro "em que" baseei a viagem.

Não "lhe" vi no aeroporto.
 O pronome "lhe" substitui "a ele", "a você", por isso não pode ser usado com objeto direto: "não o convidei"; "a mulher o deixou"; "ele a ama".
Não o "vi"

Para "mim" passar o réveillon.
 O pronome aqui age como sujeito da frase. Portanto,"mim" não passa o réveillon, porque não pode ser sujeito. Daí: "para eu passar", "para eu trazer", "para eu definir".
Para "eu" passar

Entre "eu" e você.
Depois de preposição (no caso, "entre"), usa-se "mim" ou "ti". Entre "mim" e você.

Preferi sair da cidade "do que" ficar.
Prefere-se sempre uma coisa "a" outra.
Preferi sair "a" ficar.

A guia era "meia" boba.
"Meio", como todo advérbio, não varia (não vai para o plural nem muda de gênero). "meio" boba

"Existe" muitos hotéis na região.
Verbos como "existir", "bastar", "faltar", "restar" e "sobrar" admitem o plural.
Existem

fonte:http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11931