13/12/2009

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor. (Jô Soares)

É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.

Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".

Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.

Não falta ao colégio, é um "caxias".
Precisa faltar, é um "turista".

Conversa com os outros professores, está "malhando" os alunos.
Não conversa, é um desligado.

Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.

Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.

A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.

Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.

Exige, é rude.
Elogia, é debochado.

O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu "mole".

É... o professor está sempre errado, mas, se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.

08/12/2009

Unicamp muda vestibular 2011; candidatos farão três redações e 48 testes de múltipla escolha

A Comvest, comissão que organiza o vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), divulgou as mudanças para o vestibular 2011 da instituição nesta sexta (4).

As principais modificações no processo seletivo se referem à prova de redação, que passa a exigir três textos dos candidatos em vez de um e à prova de questões, que passará a ter 48 testes de múltipla escolha - antes as 12 perguntas exigiam respostas dissertativas. O tempo de duração da prova da primeira fase passará de quatro para cinco horas.

Os conteúdos não estarão mais divididos por disciplinas, mas sim em eixos do conhecimento, aproximando-se do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Na segunda fase, por exemplo, serão 24 perguntas sobre ciências da natureza (8 física + 8 química + 8 ciências biológicas) e 18 de ciências humanas (pelo menos 8 História e 8 Geografia e até 2 entre Filosofia, Sociologia e Artes), além de 12 questões de português, outras 12 de matemática e seis de língua inglesa.




1ª fase                 Como está                                                      Proposta
DuraçãoUm dia (duração de 4 horas)Um dia (duração de 5 horas)
Questões12 questões dissertativas48 questões de múltipla escolha
Redação

  • Três propostas (carta, dissertação e narrativa) para escolha de uma a ser desenvolvida;

  • coletânea de textos a serem usados na proposta escolhida


  • Candidato produzirá três textos de gêneros diversos;

  • haverá pelo menos um texto-fonte para cada texto a ser produzido

  • Enem20% da nota da primeira fase, uso opcional20% da nota da primeira fase, obrigatório a todos os candidatos
    Classificação para 2ª faseMínimo de 3, máximo de 8 candidatos por vaga em cada curso, com corte em 50% da nota da primeira faseNão muda
    A segunda fase também perde um dia de prova - antes era realizada em quatro dias consecutivos, essa etapa passa a ser realizada em três dias.


    Duração

  • 4 dias consecutivos;

  • 4 horas de prova em cada dia


  • 3 dias consecutivos;

  • 4 horas de prova em cada dia

  • Provas12 questões dissertativas de cada disciplina, totalizando 24 questões por dia:

  • Língua Portuguesa/Literaturas de LP + Ciências Biológicas;

  • Química + História;

  • Física + Geografia;

  • Matemática + Inglês

  • 24 questões dissertativas a cada dia:

  • 12 Língua Portuguesa/Literaturas LP + 12 Matemática;

  • 24 Ciências da Natureza (8 Física + 8 Química + 8 Ciências Biológicas);

  • 18 Ciências Humanas/etc. (pelo menos 8 História e 8 Geografia e até 2 entre Filosofia, Sociologia e Artes) + 6 Língua Inglesa

  • AptidãoProvas que avaliam habilidades específicas. Obrigatórias para candidatos de: artes, arquitetura e urbanismoNão muda, passa a ser denominada Prova de habilidades específicas
    PrioritáriasAté duas provas da segunda fase com pesos 1 ou 2, exceto aptidão (peso fixo 2)Até duas provas, com pesos:

  • 1, 2 ou 3: Provas de Língua Portuguesa/Literaturas LP ou de Matemática;

  • 2, 3 ou 4: Provas de Primeira Fase, de Ciências Humanas/etc., de Ciências da Natureza ou de Habilidades Específicas

  • Opções por cursosAté duas, em qualquer curso, exceto aqueles que exigem Prova de Aptidão, que não podem ser segunda opçãoNão muda
    Nota final e classificaçãoMédia ponderada das notas padronizadas, segundo as opções, cada curso estabelece as notas mínimas nas provas prioritárias para manter a preferência para 1ª opção na classificaçãoNão muda
    Número de questões108 questões dissertativas + 1 texto de redação120 questões (72 dissertativas + 48 múltipla escolha) + 3 textos de redação
    2ª              
    Como está                                                                   Proposta





    Enem passa a ser obrigatório

    O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) passa a compor, obrigatoriamente, a nota da primeira fase. O Enem terá peso de 20% na nota da primeira fase.

    "Vamos observar os resultados do Enem [deste ano] em relação aos resultados da nossa primeira fase", disse Pedrosa. A comissão quer avaliar se o uso do exame na primeira fase vai dificultar ou facilitar o ingresso do candidato.

    O formato das provas de aptidão será mantido. Muda apenas a nomenclatura: elas passam a ser denominadas provas de habilidades específicas e seguem sendo realizadas após a segunda fase.

    fonte:http://vestibular.uol.com.br/

    MEC anula questão da prova de Linguagens do Enem




    O Ministério da Educação (MEC) anulou uma das 180 questões que compuseram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado neste fim de semana para 2,5 milhões de inscritos.
    É a questão de número 101 no cadernos 5, 7 e 8 e de número 102 no caderno 6. Trata-se de um exercício relativo a uma charge, que avalia o uso da norma padrão da língua portuguesa. Confira no site do Inep as questões e o gabarito.
    Segundo o professor Miguel Castro Cerezo, do Sistema COC de Ensino, a questão foi anulada porque tanto a alternativa B quanto a C estão corretas. "As duas alternativas apresentam frase de acordo com a norma padrão da língua portuguesa", afirmou.
    fonte:http://noticias.terra.com.br/educacao/

    Conheça o seu provável desempenho no Enem 2009 05 de dezembro de 2009


    Para quem realizou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2009 e está ansioso para saber os resultados antes da divulgação oficial, o Terra, em parceria com o Sistema COC de Ensino, oferece a possibilidade de conhecer o provável desempenho no Enem. Esse cálculo será realizado através de um exclusivo simulador de nota que está disponível pela internet. Basta realizar as provas, anotar as suas respostas e conferir o gabarito. Anote seus resultados e se cadastre-se no novo modelo de Simulador de Nota desenvolvido pelo COC. Confira em www.boletimenem.com.br seu desempenho com os resultados do 1º dia.
    Com esse sistema exclusivo de cálculo do resultado provável, além dos desempenhos, os candidatos terão uma estimativa de classificação em universidades federais que usarão exclusivamente o Enem 2009 como processo seletivo de acesso.
    Novo cálculo da nota
    Neste ano, o resultado da prova será calculado de uma forma diferente. O Instituto Nacional de Estados e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) adotou um sistema de correção baseado na TRI, Teoria de Resposta ao Item. Ele permite a comparação dos desempenhos dos candidatos, independentemente do ano em que o candidato fez a prova.
    Para que isso seja possível, as provas são formuladas pelo Inep com questões que apresentam graus de dificuldades equivalentes. Para cada questão, o sistema calcula a probabilidade de acerto de cada candidato, assim os desempenhos dos candidatos são gerados pelos acertos dos itens, considerando essas probabilidades calculadas.
    A TRI é um modelo estatístico usado na avaliação de habilidades e conhecimentos que avalia a probabilidade do candidato acertar uma questão. Ou seja, se ele acertar poucas respostas tidas como fáceis ele tem, consequentemente, menor chance de assinalar a resposta correta nas questões consideradas mais difíceis. A partir do resultado, se avalia quanto cada questão vale para ele.
    Com a TRI, dois candidatos que tenham acertado a mesma quantidade de itens na mesma prova poderão ter desempenhos completamente diferentes, pois esses desempenhos dependem de quais itens os candidatos acertaram na prova.

    Inep divulga novo gabarito do Enem 2009; confira


    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta segunda-feira a nova versão do gabarito do Exame Nacional do Ensino Médio (2009). Veja os gabaritos do primeiro dia e do segundo dia.
    A divulgação das respostas oficiais do exame, aplicado neste final de semana, estava prevista para as 20h do domingo, o que de fato ocorreu. Os gabaritos, no entanto, estavam errados. Segundo o Inep, o erro possui natureza técnica. O programa utilizado para realizar a passagem das respostas das provas para o gabarito final teve falhas. O resultado foi a mistura de dados entre os quatro modelos de provas aplicadas neste sábado e domingo e os consequentes gabaritos sem respostas corretas.

    19/11/2009

    DICAS DE PORTUGUÊS

    Saiba tudo sobre gramática e a forma como os diferentes tópicos são cobrados no vestibular. Semanalmente, o professor Dílson Catarino* tira dúvidas sobre a língua portuguesa e aborda um novo assunto. Depois de estudar, você pode testar os conhecimentos em exercícios sobre o assunto. Nesta semana, o professor tira dúvidas sobre a concordâncias entre substantivos e adjetivos. E se você tiver alguma dúvida, mande um e-mail para o professor.

    Clique no link abaixo e bom estudo!

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/fovest/gramatica.shtml




    *DÍLSON CATARINO é professor de língua

    portuguesa e poeta. Ele leciona em Londrina (PR).
    Fale com o professor: dilster@uol.com.br

    ''Seguir'' é diferente de ''continuar''

    Por Thaís Nicoleti

    "Dinho segue internado na UTI"

    Cada vez mais comum nos textos da imprensa, o verbo "seguir" é usado como se fosse um verbo de ligação, sinônimo de "continuar". Esse emprego não tem registro na norma culta - pelo menos, por enquanto.

    Há quem siga um suspeito, há quem siga os ensinamentos de um guru, há quem siga a carreira universitária, há quem siga os passos de outrem etc. O fato é que "seguir" não é um sinônimo de "continuar", não indica o aspecto de permanência de estado.

    Numa frase como "fulano seguia cansado pela rua", justifica-se o emprego do verbo porque a pessoa, de fato, caminhava, coisa que não se verifica na construção empregada no título.

    Abaixo, uma sugestão:
    Dinho continua internado na UTI

    Fonte:http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/ult2781u1081.jhtm

    10/11/2009

    Verbo anteposto a partitivo concorda com o elemento mais próximo

    "É também o local por onde passam boa parte dos soldados que voltam do combate."
    O verbo concorda em número e pessoa com o núcleo do sujeito. Essa é a regra geral de concordância verbal no português. Há casos, entretanto, que costumam suscitar dúvidas. Um deles é o dos sujeitos constituídos de expressões partitivas (a maioria de, grande parte de, boa parte de etc.) seguidas de um elemento no plural. Nesses casos, há duas possibilidades de concordância verbal. O verbo tanto pode permanecer no singular, concordando com o núcleo do sujeito (representado pela expressão partitiva) como pode ir para o plural, concordando com o elemento que lhe é mais próximo (concordância atrativa). Assim: "Boa parte dos soldados volta" ou "Boa parte dos soldados voltam"; "Boa parte dos soldados passa" ou "Boa parte dos soldados passam".
    Ocorre que, para que essa regra funcione dessa maneira, é preciso que o verbo esteja posposto ao sujeito. O raciocínio é o seguinte: a concordância gramatical (com o núcleo da expressão) está correta em qualquer circunstância, pois obedece ao princípio geral de concordância, mas a concordância atrativa só se justifica pela proximidade com o termo pluralizado.
    É por isso que, no fragmento acima, não se justifica a forma "passam" anteposta a "boa parte dos soldados". Nessa posição, o elemento mais próximo é o núcleo do sujeito ("parte"), portanto só cabe o singular: "por onde passa boa parte dos soldados".
    Vale ainda uma observação sobre o segundo verbo do período ("voltam"), corretamente empregado no plural. Note-se que o sujeito de "voltam" é o pronome relativo "que", cujo antecedente é o termo "soldados", daí o plural. Os soldados voltam do combate; boa parte deles passa pelo local.
    Veja abaixo o texto corrigido:
    É também o local por onde passa boa parte dos soldados que voltam do combate.

    ENADE 2009

    os gabaritos e as provas
    Da RedaçãoEm São Paulo
    MEC (Ministério da Educação) divulgou na noite deste domingo (8) as provas e os gabaritos do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) 2009.
    VEJA AS PROVAS E GABARITOS DO ENADE 2009
    Administração
    Gabarito
    Arquivologia
    Gabarito
    Biblioteconomia
    Gabarito
    Ciências contábeis
    Gabarito
    Ciências econômicas
    Gabarito
    Comunicação social - cinema
    Gabarito
    Comunicação social - editoração
    Gabarito
    Comunicação social - jornalismo
    Gabarito
    Comunicação social - publicidade e propaganda
    Gabarito
    Comunicação social - radialismo
    Gabarito
    Comunicação social - relações públicas
    Gabarito
    Design
    Gabarito
    Direito
    Gabarito
    Estatística
    Gabarito
    Formação geral (irregulares de anos anteriores)
    Gabarito
    Música
    Gabarito
    Psicologia
    Gabarito
    Relações internacionais
    Gabarito
    Secretariado executivo
    Gabarito
    Teatro
    Gabarito
    Turismo
    Gabarito
    Tecnologia em design de moda
    Gabarito
    Tecnologia em gastronomia
    Gabarito
    Tecnologia em gestão de recursos humanos
    Gabarito
    Tecnologia em gestão de turismo
    Gabarito
    Tecnologia em gestão financeira
    Gabarito
    Tecnologia em marketing
    Gabarito
    Tecnologia em processos gerenciais
    Gabarito
    Provas
    Gabaritos
    Os arquivos para download estão em .pdf e podem ser pesados. Para salvá-los, é possível clicar com o botão direito do mouse e salvar o linkA aplicação da prova teve início às 13h e 1.103.173 estudantes eram aguardados. Para os convocados, a prova é requisito obrigatório para a obtenção do diploma. Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), houve apenas registros de problemas isolados, como os de chegada atrasada em locais de prova ou esquecimento de documento oficial de identificação.
    Em Brasília, houve registro de estudantes que deixaram a sala antes do tempo mínimo previsto e tentaram impedir os demais de fazerem a prova, fazendo barulho com megafones. No entanto, de acordo com os aplicadores da prova, o índice de participação nessa escola foi dentro do esperado.Houve ainda casos em Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Petrolina (PE) de endereços equivocados. O presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, esclarece que estes estudantes não terão nenhum prejuízo e receberão atestados de dispensa. Informações sobre o procedimento devem ser divulgadas posteriormente.

    Descontração

    Em um local de prova em Pinheiros, zona oeste da capital paulista, o clima era de descontração. Os estudantes se confraternizavam com beijos e abraços na entrada da prova. A animação que sobrava nos cumprimentos era escassa para fazer o exame.Para Bruno Máximo, 24, concluinte de publicidade, fazer Enade é algo desnecessário. "É ruim ter que se deslocar até o local de prova e nem todos moram perto. Acabei dando sorte com esse local de prova, pois sou morador dos Jardins", disse.
    Já Amanda Souza, 18, ingressante de publicidade e propaganda, não deu tanta sorte com local de prova. Moradora de Santana, na zona norte da capital, ela teve de cruzar a cidade para chegar ao Enade. "Estou muito feliz", ironiza. Mesmo assim, ela diz que vai fazer o exame com capricho: "tenho que fazer. Vir aqui e deixar em branco é osso".

    Prova nacional
    A prova foi realizada em 997 municípios pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), autarquia do MEC (Ministério da Educação).São convocados para a avaliação ingressantes e concluintes dos cursos de administração, arquivologia, biblioteconomia, ciências contábeis, ciências econômicas, comunicação social, design, direito, estatística, música, psicologia, relações internacionais, secretariado executivo, teatro, turismo. Também fizeram o exame os universitários dos cursos de tecnologia em design de moda, em gastronomia, gestão de recursos humanos, gestão de turismo, gestão financeira, marketing e processos gerenciais. Dos participantes, 681.206 são ingressantes e 421.967, concluintes. Além desses universitários, deviam fazer a prova do Enade aqueles estudantes selecionados e faltosos de alguma das edições anteriores e que ainda não regularizaram sua situação. O total de estudantes irregulares inscritos era de 108.903.
    fonte:http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/11/08/ult1812u219.jhtm

    24/10/2009

    Veja Cinema: Entre os Muros da Escola

    Canal Futura - Bárbara Viegas

    Hoje na Sala do Professor assistimos e debatemos os assuntos que permeiam o filme "Pro dia nascer feliz."

    Sobre o filme: "Pro dia nascer feliz."


    Pro dia nascer feliz?
    Delphine Michel,de São Paulo (SP)

    “Nunca panfletário nem óbvio, João Jardim encontra um viés próprio para nos colocar frente a frente com o nosso futuro (...). Como uma lâmina precisa, o filme corta a alma”. (Fernando Meirelles)
    Pro dia nascer feliz apresenta-se, aparentemente, como um documentário sobre o sistema educacional no Brasil. O diretor João Jardim, autor do lindíssimo documentário sobre cegueira e visão, Janela da alma, escolheu seis escolas, nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco, para esboçar um retrato das desigualdades do acesso à Educação, trazendo depoimentos dos alunos dessas escolas. Ele evidencia os contrastes gritantes que existem dentro do sistema público, por exemplo, entre a escola da cidade de Manari, no Estado de Pernambuco, cidade com menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país, e as escolas de São Paulo. Mas, sobretudo, João Jardim registrou o abismo que existe entre uma escola da elite paulista – o colégio Santa Cruz – e qualquer escola do sistema público.
    O filme abre com imagens de arquivo da campanha educacional de 1962, lembrando que, na época, 14 milhões de jovens não tinham acesso à educação. Uma manchete alardeava que “na cidade sem escola, jovens escolhem o crime”. Hoje, as estatísticas nos dizem que 97% dos jovens vão para escola, mas João Jardim lembra justamente que o acesso à escola em si não quer dizer nada: para que serve a escola, se não oferece perspectivas para os jovens? Para que serve se, pelo sucateamento que sofre o sistema público, a escola não ensina nada? Para que serve se as escolas, em vez de diminuírem as desigualdades, as reforçam?
    Ele coloca poucos dados, mas suficientes para se ter uma idéia do abandono no qual se encontra a escola pública brasileira: 13.700 escolas brasileiras não têm banheiro; 41% dos alunos que ingressam no ensino fundamental não concluem a 8ª série. A metade dos alunos que concluem o ensino médio não sabe ler ou escrever. Mesmo o acesso físico à escola não é sempre garantido. Assim, há crianças que têm de percorrer mais de trinta quilômetros para chegar à escola de Inajá, em Pernambuco. Durante a semana da filmagem, essas crianças e jovens só conseguiram ter três dias de aula, porque o ônibus estava quebrado.
    O olhar atento e discreto do diretor se dirige primeiro aos jovens. Para João Jardim, não se trata de realizar um estudo sociológico sobre o ensino no Brasil, nem de analisar as responsabilidades do Estado e do governo: ele quer simplesmente conhecer melhor a psiquê dos jovens brasileiros, mergulhados num mundo violento e sem perspectiva. Ele cita, no título, a letra de Cazuza, “Pro dia nascer feliz, essa é a vida que eu quis”, com a intenção de alertar-nos sobre o destino daqueles jovens que não terão a vida que queriam ter. “O filme tenta jogar um pouco de luz nessa questão de como o jovem se comporta dentro da escola, não apenas em relação aos professores, mas também em relação aos colegas e a esse momento intenso em que vive, num mundo extremamente violento e com poucas oportunidades” , afirma o diretor.
    Essa opção de João Jardim poderia ser criticada. De fato, é uma pena que o diretor não tenha tentado “jogar luz” também sobre a questão do professor. O documentário deixa no ar várias acusações em relação às faltas dos professores e à ausência de compromisso com os alunos. O depoimento da diretora da escola de Itaquaquecetuba, nesse aspecto, só contribui para reforçar os preconceitos contra o professor: após explicar a substituição dos professores efetivos faltosos por eventuais (sem nem comentar o quanto esses professores eventuais são explorados), ela queixa-se do excesso de faltas e sustenta que é por causa da “legislação permissiva”. Os alunos também não vão muito além do conflito com o professor, que é apontado como um dos principais responsáveis da baixa qualidade do ensino.
    Nesse aspecto, existe certo desequilíbrio no documentário. Só o depoimento da professora Celsa (Itaquaquecetuba) – reconhecida como uma boa professora pelos alunos, já que ela incentiva a criatividade dos mesmos, através do fanzine da escola – expressa o dilema quotidiano dos professores, o esgotamento físico e moral que eles sofrem dentro de uma instituição que os abandona ao seu próprio destino, com condições de trabalho absurdas, salários miseráveis e ausência completa de perspectiva: “Eu falto por cansaço (...) a carga física e moral é maior do que o ser humano pode suportar (...), você se envolve, mas nem sempre tem retorno. O professor perdeu a dignidade (...) e o Estado deixa tudo jogado. Todo mundo está cansado de ouvir os problemas da Educação, mas ninguém faz nada”. Este é o único depoimento que aponta a responsabilidade do Estado em relação à péssima qualidade do ensino.
    Essa falha talvez se explique pela forma exaustiva que o João Jardim escolheu. Não tem uma unidade narrativa suficiente, já que o diretor quer dar uma representação da escola e da juventude, em geral, no Brasil. O filme acaba sendo um pouco fragmentado. De fato, seria preciso filmar outro documentário, para poder colocar mais nitidamente a realidade da exploração e alienação crescentes no trabalho de professor.
    Apesar dessa lacuna, o documentário vale pela intensidade dos depoimentos, que são simples, mas às vezes arrepiantes. Valéria, moradora de Manari gosta de ler Vinicius de Moraes e Carlos Drummond de Andrade, escreve poemas lindos sobre “a paixão da arte de viver”, mas nunca é valorizada pelos professores: “Não dão notas boas”, porque não acreditam que ela foi capaz de escrever textos assim. Sabe perfeitamente que “seria uma adolescente normal”, se não tivesse uma família de onze pessoas e que “poderia ter lazer, se não tivesse que trabalhar”.
    Keila, de Itaquaquecetuba, queria se suicidar, mas achou no fanzine da escola e na poesia uma maneira de extravasar o seu sofrimento. Um ano depois, ela já entra na fábrica para dobrar calças e sente na pele a exploração do jovem trabalhador e a alienação resultante de um trabalho repetitivo, perdendo até a vontade de escrever. Rita, ameaçada por duas colegas, prefere mudar de escola, engravida, e tem de parar de estudar durante dois anos.
    O depoimento mais forte é ouvido em off, por cima da bela e triste imagem dos pingos de chuva caindo no chão: uma aluna comenta friamente que resolveu esfaquear a colega na escola “pra tudo mundo ver”. “Ela quis me barrar na festa. Eu pensei: ela tem que morrer, essa safada. Fui procurar ela na hora do intervalo e achei no corredor. Aí, foi daquele jeito. Mandei ver. E ela estava no chão esticada. Ela ia morrer de qualquer jeito um dia. Só antecipei”. E conclui: “Não dá nada matar sendo ‘de menor’, três anos passam rápido”. Este depoimento dramático demonstra a magnitude da banalização da violência e a perda do sentido da vida, dos outros e da sua própria, para quem não vê futuro algum.
    Outros jovens fogem da escola para roubar e se divertem “com a cara da vítima quando está perdendo”. Mas lembram quem são os verdadeiros ladrões da sociedade: os políticos corruptos que se enriquecem à nossas custas.
    Segundo Jardim, “se existe algum caminho para esses jovens, é o do protagonismo. Eles estão sendo tolhidos. A escola tem que achar alguma forma criativa deles extravasarem, porque, caso contrário, eles vão escolher outros caminhos para isso”.Duvidamos que a escola, por si só, seja capaz de proporcionar perspectivas para a juventude dentro do sistema capitalista. Aliás, o plano aéreo onde Jardim filma na seqüência um bairro rico, com seus prédios imponentes, com suas piscinas, e, ao lado, encostada na riqueza, uma favela de barracos miseráveis, não deixa dúvidas de que essa falta de perspectiva não se resolverá na escola.
    O trecho sobre o colégio Santa Cruz nos apresenta os poucos que “tem o privilégio de saltar do drama (da sobrevivência) para a tragédia (da existência)”, como diz Fernando Meirelles. Thais, Ciça e os outros estudam numa escola luxuosa da elite, no bairro Alto de Pinheiros. Esses adolescentes poderiam nos emocionar, já que têm dúvidas, questionamentos, e problemas existenciais. Aliás, diferentemente dos outros adolescentes, choram muito – pelas notas e pelos namorados. Mas quando se trata de evocar a desigualdade social, eles mostram claramente o que significa ser parte da burguesia paulistana. É desesperador ouvir as moças refletirem sobre as “bolhas” que dividem o mundo, e se o fato de enxergar o menino que vende balas na rua como um ser humano deixa a “bolha” mais transparente ou não. Arrepia ouvir uma dizer tranqüilamente que “não dá para fazer trabalho voluntário, porque vou ter que deixar de ir numa aula da natação”, ou outros concluírem com uma inocência cínica que o mundo dos pobres e o mundo deles são dois mundos diferentes, mas o problema é justamente que é o mesmo mundo...
    As últimas imagens demonstram, mais do que outras, a sensibilidade do olhar de João Jardim: ele registra uma série de retratos de jovens, com planos fixos longos, que expressam toda a urgência para esses adolescentes do dia “nascer feliz”. E filma de novo Valéria dizendo, à maneira dos repentistas, uma poesia sobre Manari, “sua terra por ventura”. “Esse depoimento não está lá só para levantar o astral do filme, mas porque para mim, Pro dia nascer feliz é muito mais uma discussão sobre desperdício, falta de oportunidades que tem o jovem brasileiro”, comenta João Jardim. Ele conseguiu com certeza transmitir-nos sua preocupação, com muita simplicidade, e sem ser nunca piedoso.
    Por fim, guardaremos na memória as imagens finais das crianças com prato de comida, que, durante os créditos, olham para a câmera com olhos arregalados.

    FICHA TÉCNICA:Gênero: Documentário
    Duração: 88 minutos
    Ano de Lançamento: 2006, Brasil
    Direção: João Jardim
    Roteiro: João Jardim
    Edição: João Jardim
    Produção: Flávio R. Tambellini e João Jardim
    Música: Dado Villa-Lobos
    Fotografia: Gustavo Hadba

    15/10/2009

    Para consultor da Unesco, cenário sobre professores no Brasil é preocupante



    Brasília - Problemas na formação continuada dos professores e até mesmo na formação inicial, além da baixa remuneração, compõem um cenário “preocupante”, de acordo com o consultor em educação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Célio da Cunha.
    Ao comentar o estudo Professores do Brasil: Impasses e Desafios, lançado pela Unesco na semana passada, Cunha lembrou que os professores representam o terceiro maior grupo ocupacional do país (8,4%), ficando atrás apenas dos escriturários (15,2%) e dos trabalhadores do setor de serviços (14,9%). A profissão supera, inclusive, o setor de construção civil (4%).
    O especialista destaca, entretanto, que é preciso “elevar o status” do professor no Brasil. A própria Unesco, ao concluir o estudo, recomenda a necessidade de “uma verdadeira revolução” nas estruturas institucionais e de formação. Dados da pesquisa indicam que 50% dos alunos que cursam o magistério e que foram entrevistados disseram que não sentem vontade de ser professores. Outro dado “de impacto”, segundo Cunha, trata dos salários pagos à categoria – 50% dos docentes recebem menos de R$ 720 por mês.
    O estudo alerta para um grande “descompasso” entre a formação teórica e a prática do ensino. Para Cunha, a formação do docente precisa estabelecer uma espécie de “aliança” entre o seu conteúdo e um projeto pedagógico, para que o professor tenha condições de entrar em sala de aula.
    Como recomendações, a Unesco defende a real implementação do novo piso salarial e a política de formação docente, lançada recentemente. Cunha acredita que esses podem ser “pontos de partida” para uma “ampla recuperação” da profissão no Brasil.
    “Se houver continuidade e fazendo os ajustes necessários que sempre surgem, seguramente, daqui a alguns anos, podemos ter um cenário bem mais promissor do que o atual”, disse, ao ressaltar que sem professores bem formados e com uma remuneração digna não será possível atingir a qualidade que o Brasil precisa para a educação básica. “Isso coloca em risco o futuro do país, por conta da importância que a educação tem em um mundo altamente competitivo e em uma sociedade globalizada.”

    04/10/2009

    O que você achou desta reportagem?????

    Educação - Um retrato da sala de aula

    Revista Veja - Edição 2132 - 30 de setembro de 2009


    Poucos especialistas observaram tão de perto o dia a dia em escolas brasileiras quanto o americano Martin Carnoy, 71 anos, doutor em economia pela Universidade de Chicago e professor na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, onde atualmente também comanda um centro voltado para pesquisas sobre educação. Em 2008, Carnoy veio ao Brasil, país que ele já perdeu as contas de quantas vezes visitou, para coordenar um estudo cujo propósito era entender, sob o ponto de vista do que se passa nas salas de aula, algumas das razões para o mau ensino brasileiro. Ele assistiu a aulas em dez escolas públicas no país, sistematicamente – e chegou até a filmá-las –, além de falar com professores, diretores e governantes. Em entrevista à editora Monica Weinberg, Martin Carnoy traçou um apurado cenário da educação no Brasil.

    COMO NO SÉCULO XIX

    Está claro que as escolas brasileiras – públicas e particulares – não oferecem grandes desafios intelectuais aos estudantes. No lugar disso, não é raro que eles passem até uma hora copiando uma lição da lousa, à moda antiga, como se estivessem num colégio do século XIX. Ao fazer medições sobre como o tempo de aula é administrado nos colégios que visitei, chamaram-me a atenção ainda a predominância do improviso por parte dos professores, os minutos preciosos que se esvaem com a indisciplina e a absurda quantidade de trabalhos em grupo. Eles consomem algo como 30% das aulas e simplesmente não funcionam. A razão é fácil de entender: só mesmo um professor muito bem qualificado é capaz de conferir eficiência ao trabalho em equipe ou a qualquer outra atividade que envolva o intelecto. E o Brasil não conta com esse time de professores de alto padrão. Ao contrário. O nível geral é muito baixo.


    MENOS TEORIA E MAIS PRÁTICA

    Falta ao Brasil entender o básico. Os professores devem ser bem treinados para ensinar – e não para difundir teorias pedagógicas genéricas. As faculdades precisam estar atentas a isso. Um bom professor de matemática ou de línguas é aquele que domina o conteúdo de sua matéria e consegue passá-lo adiante de maneira atraente aos alunos. Simples assim. O que vejo no cenário brasileiro, no entanto, é a difusão de um valor diferente: o de que todo professor deve ser um bom teórico. O pior é que eles se tornam defensores de teorias sem saber sequer se funcionam na vida real. Também simplificam demais linhas de pensamento de natureza complexa. Nas escolas, elas costumam se transformar apenas numa caricatura do que realmente são.


    QUE CONSTRUTIVISMO É ESSE?

    O construtivismo que é hoje aplicado em escolas brasileiras está tão distante do conceito original, aquele de Jean Piaget (psicólogo suíço, 1896-1980), que não dá nem mesmo para dizer que se está diante dessa teoria. Falta um olhar mais científico e apurado sobre o que diz respeito à sala de aula. É bem verdade que esse não é um problema exclusivamente brasileiro. Especialistas no mundo todo têm o hábito de martelar seus ideários sem se preocupar em saber que benefícios eles trarão ao ensino. Há um excesso de ideologia na educação. No Brasil, a situação se agrava porque, acima de tudo, falta o básico: bons professores.
    Tempo mal gastoEnsino brasileiro: ausência de de
    safios intelectuais e excesso de improviso


    À CAÇA DE MESTRES BRILHANTESA

    chave para um bom ensino é conseguir atrair para a carreira de professor os melhores estudantes. Basta copiar o que já deu certo em países como Taiwan, que reuniu em seu quadro de docentes algumas das melhores cabeças do país. Ali, um professor ganha tanto quanto um engenheiro – o que, por si só, já atrai os alunos mais talentosos para a docência. Mas não é só isso. Está provado que, para despertar o interesse dos mais brilhantes pela sala de aula, é preciso, sobretudo, dar-lhes uma perspectiva de carreira e de reconhecimento pelo talento que os distingue. No Brasil, o pior problema não está propriamente na remuneração dos professores, até razoável diante das médias salariais do país – mas justamente na ausência de um bom horizonte profissional.

    VIGILÂNCIA SOBRE OS PROFESSORES
    Os professores brasileiros precisam, de uma vez por todas, ser inspecionados e prestar contas de seu trabalho, como já ocorre em tantos países. A verdade é que, salvo raras exceções, no Brasil ninguém sabe o que eles estão ensinando em sala de aula. É o que me faz comparar as escolas públicas brasileiras às empresas pré-modernas. Elas não contam com mecanismos eficazes para cobrar e incentivar a produtividade. Contratam profissionais que ninguém mais no mercado quer, treinam-nos mal e, além disso, não exercem nenhum tipo de controle sobre eles. Hoje, os professores brasileiros estão, basicamente, livres para escolher o que vão ensinar do currículo. Não há padrão nenhum – tampouco há excelência acadêmica.

    NA LINHA DA MEDIOCRIDADE
    É boa notícia que os brasileiros comecem a colocar a educação entre suas prioridades, mesmo que isso ocorra com tanto atraso em relação aos países mais desenvolvidos. Percebo no Brasil, no entanto, uma visão ainda bastante distorcida da realidade – típica de países onde as notas dos estudantes são, em geral, muito baixas. A experiência indica que, num cenário como esse, até mesmo os ótimos alunos tendem a se nivelar por baixo. Com um resultado superior à média, eles já se dão por satisfeitos, assim como seus pais e escolas. Na verdade, estão todos mirando a linha da mediocridade. E é lá que estão mesmo. Os exames internacionais da OCDE (organização que reúne os países mais ricos) mostram isso com clareza. Os alunos brasileiros que aparecem entre os 10% melhores são, afinal, menos preparados do que alguns dos piores estudantes da Finlândia. Os finlandeses, por sua vez, definem suas metas com base num altíssimo padrão de excelência acadêmica. É esse ciclo virtuoso que o Brasil deve perseguir – em todos os níveis.

    CHEGA DE UNIVERSIDADE GRATUITA
    Se quiser mesmo se firmar como uma potência no cenário mundial, o Brasil precisa investir mais na universidade. É verdade que os custos para manter um estudante brasileiro numa faculdade pública já figuram entre os mais altos do planeta. Por isso, é necessário encarar uma questão espinhosa: a cobrança de mensalidades de quem pode pagar por elas, como funciona em tantos países de bom ensino superior. Sempre me pergunto por que a esquerda brasileira quer subsidiar os mais ricos na universidade. É um contrassenso. Olhe o que aconteceria caso os estudantes de renda mais alta pagassem algo como 1 000 dólares por ano às instituições públicas em que estudam. Logo de saída, o orçamento delas aumentaria na casa dos 15%. Com esse dinheiro, daria para atrair professores do mais alto nível. Quem sabe até um prêmio Nobel. O Brasil precisa, afinal, começar a se nivelar por cima.

    02/10/2009

    MEC divulga prova do Enem descartada após vazamento

    O Ministério da Educação (MEC) disponibilizou nesta quinta-feira a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2009 que foi descartada depois das denúncias de vazamento do conteúdo do exame. As provas, marcadas para este final de semana, foram canceladas pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, na madrugada de hoje após as suspeitas de fraude. Acesse as provas do primeiro dia, segundo dia e o gabarito.
    O cancelamento das provasO Ministério da Educação cancelou na madrugada desta quinta-feira a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que seria aplicado neste final de semana para mais de 4 milhões de pessoas em todo o País. O cancelamento teria ocorrido em virtude do vazamento da prova. As provas seriam aplicadas nos dias 3 e 4 de outubro em 113.857 salas de 10.385 escolas do País.
    De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, por telefone, um homem procurou o jornal na tarde dessa quarta-feira e disse que tinha duas das provas que seriam aplicadas no sábado. Em troca da informação, teria cobrado R$ 500 mil. A decisão teria sido tomada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, após tomar conhecimento do vazamento.
    O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, disse ao jornal que "há fortes indícios de que houve vazamento, 99% de chance". Haddad disse ao jornal que não teve acesso ao material da prova e confirmou o vazamento após consultar técnicos do Inep, com base em informações que teriam sido passadas pelo jornal ao ministro.

    fonte:http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI4015973-EI8398,00-MEC+divulga+prova+do+Enem+descartada+apos+vazamento.html

    02/09/2009

    29/08/2009

    Confira como as universidades federais vão adotar o Enem

    Veja o balanço com o posicionamento de cada universidade.Instituições podem usar o exame de quatro maneiras diferentes.
    Do G1, em São Paulo

    Das 55 universidades federais, 46 instituições adotarão o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 7 ainda não se decidiram e 2 definiram que não levarão em conta o resultado do exame em seu vestibular.

    São quatro as possibilidades de se utilizar a nota do Enem: como fase única; como primeira fase; como fase única para as vagas remanescentes, após o vestibular; ou combinado ao atual vestibular da instituição.

    Neste último caso, a universidade definirá o percentual da nota do Enem a ser utilizado para a construção de uma média junto com a nota da prova do vestibular. Cada instituição de ensino superior divulgará em seus editais em qual formato participará e e se haverá diferenças entre os cursos.

    Veja a seguir a posição de cada uma das 55 univesidades federais:
    Os dados são do Ministério da Educação (última atualização ocorreu em 9 de julho).

    Região Centro-Oeste

    Univesidade de Brasília: Adotará o Enem no 1º vestibular de 2011 (modalidade a decidir)
    Universidade Federal de Goiás: Utilizará já em 2009 como parte da nota (40%) da 1ª fase de seleção e para vagas remanescentes
    Universidade Federal do Mato Grosso: Em 2009, utilizará a nota do Enem para seleção em fase única e para vagas remanescentes
    Universidade Federal do Mato Grosso do Sul: Em 2009, adotará o Enem como 1ª fase e para preencher vagas remanescentes. Em 2010, adotará como fase única
    Universidade Federal de Grande Dourados: Em 2009, adotará o Enem para preencher vagas remanescentes. A partir de 2011, utilizará o Enem como fase única para 50% das vagas

    Região Sudeste

    Universidade Federal do ABC:Adotará Enem como fase única e para preencher vagas remanescentes
    Universidade Federal de São Carlos:A partir de 2010, utilizará o Enem como parte da nota do processo seletivo (50%) e para vagas remanescentes
    Universidade Federal de São Paulo (Unifesp):Todos os cursos adotarão o Enem ao menos como 1ª fase e para preencher vagas remanescentes
    Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri:O Enem será usado como fase única já em 2009 para preencher 50% das vagas remanescentes e do processo seletivo. A outra metade será preenchida por meio do vestibular seriado (a 3ª etapa do vestibular seriado é a nota do Enem)
    Universidade Federal de Uberlândia:Adotará Enem como 1ª fase em 2010
    Universidade Federal de Viçosa:A partir de 2009, o Enem comporá 50% da nota final do vestibular e será adotado como critério para preencher vagas remanescentes
    Universidade Federal Fluminense:A partir de 2010, o Enem será usado para compor parte da nota da 1ª fase. A nota do Enem também servirá como bônus de 10% a 15% para compor a nota da 2ª fase de alunos das redes públicas
    Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro:Adotará o Enem como fase única já em 2009 e para preencher vagas remanescentes
    Universidade Federal do Espírito Santo:Aprovado uso do Enem em 1ª fase para 2009
    Universidade Federal de Alfenas:Adotará o Enem como fase única e para preencher vagas remanescentes
    Universidade Federal do Triângulo Mineiro:Utilizará o Enem como parte da nota (50%) da prova de conhecimentos gerais e para o preenchimento de vagas remanescentes
    Universidade Federal de Itajubá:Adotará o Enem fase única para 4 cursos do campus de Itajubá e para todos os cursos do campus de Itabira. Para os demais cursos do campus de Itajubá, o Enem será usado como primeira fase
    Universidade Federal de Juiz de Fora:A 1ª fase é obrigatória para todos os candidatos. No ato da inscrição, poderão autorizar que a universidade use a nota do Enem caso seja maior do que a nota da 1ª fase. Utilizará o Enem para vagas remanescentes
    Universidade Federal de Lavras:O Enem será utilizado como fase única. Também manterá o processo seriado de ingresso em que a nota do Enem compõe a 3ª fase, além de utilizar o exame para vagas remanescentes
    Universidade Federal de Minas Gerais:Em fase de decisão para o processo seletivo de 2011
    Universidade Federal de Ouro Preto:A partir de 2009 utilizará o Enem como primeira fase do vestibular. A segunda fase será realizada por meio de processo seletivo próprio.
    Universidade Federal de São João Del Rei:De 10% a 25 % das vagas (percentual em discussão) serão preenchidas pelo Enem como fase única. Os alunos poderão usar a nota para a 1ª fase do processo seletivo. O exame será usado para preencher vagas remanescentes
    Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro:Adotará o Enem como fase única e para preencher vagas remanescente já em 2009
    Universidade Federal do Rio de Janeiro:Adotará o Enem como 1ª fase

    Região Sul

    Universidade Federal do Rio Grande do Sul:Enem representará 10ª nota, com peso 1, no vestibular. Candidato deverá indicar se quiser que a nota do Enem seja usada
    Universidade Federal do Rio Grande:Adotará o Enem como parte da nota (50%) e para vagas remanescentes
    Universidade Federal de Pelotas:Adotará o Enem em fase única e para vagas remanescentes a partir de 2009
    Universidade Federal de Santa Catarina:Utilizará o Enem como parte da nota (20%) e para preencher vagas remanescentes. O aluno poderá optar por utilizar ou não a nota do no processo seletivo.
    Universidade Federal do Paraná:A nota final do vestibular será composta de 90% da nota do vestibular e 10% da nota da prova objetiva do Enem
    Universidade Federal de Santa Maria: Em fase de decisão
    Universidade Tecnológica Federal do Paraná:Adotará o Enem em fase única e discute adotar para vagas remanescentes
    Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre:Adotará o Enem em fase única e para preencher vagas remanescentes a partir de 2009
    Universidade Federal do Pampa:Adotará o Enem em fase única a partir de 2010 e discute adotar para vagas remanescentes

    Região Nordeste


    Universidade Federal do Vale do São Francisco:Adotará o Enem em fase única e para vagas remanescentes a partir de 2009. 50% das vagas serão reservadas para estudantes de escolas públicas
    Universidade Federal da Bahia:Adotará fase única para os 4 cursos de bacharelado interdisciplinar e o curso superior de tecnologia
    Universidade Federal do Maranhão:Adotará o Enem em fase única e para vagas remanescentes a partir de 2009
    Universidade Federal de Sergipe:Utilização do Enem para preenchimento de vagas remanescentes
    Universidade Federal do Piauí:Adotará fase única para 50 % das vagas de todos os cursos e para preencher vagas remanescentes a partir de 2009
    Universidade Federal de Pernambuco:Adotará o Enem para 1ª fase. Está em discussão o preenchimento de vagas remanescentes
    Universidade Federal Rural de Pernambuco: Adotará o Enem em fase única e vagas remanescentes a partir de 2009
    Universidade Federal do Ceará: Em fase de decisão
    Universidade Federal da Paraíba: Em fase de decisão
    Universidade Federal Rural do Semi-Árido: Adotará o Enem em fase única e para preencher vagas remanescentes a partir de 2009
    Universidade Federal do Rio Grande do Norte: Em fase de decisão
    Universidade Federal de Alagoas: A partir de 2009 utilizará o Novo Enem para preenchimento das vagas remanescentes. A partir de 2011 utilizará como fase única em seu processo seletivo
    Universidade Federal do Recôncavo da Bahia: Uso do Enem como fase única para 70% das vagas ofertadas e como parte da nota para 30% das vagas. Também será utilizado para preencher vagas remanescentes.
    Universidade Federal de Campina Grande: Utilizará o Enem para ocupar as vagas remanescentes

    Região Norte

    Universidade Federal da Amazônia: A nota do Enem será usada como fase única para preencher 50% das vagas do processo seletivo. As outras 50% serão preenchidas por meio de avaliação seriada. O Enem também será usado para vagas remanescentes
    Universidade Federal Rural da Amazônia: Não utilizará o Enem nos processos seletivos de 2009 e 2010
    Universidade Federal do Acre: Utilizará o Enem a partir de 2009 para o preenchimento de vagas remanescentes
    Universidade Federal de Roraima: Em fase de decisão
    Universidade Federal de Rondônia: Usará o Enem em 2009 como fase única para 10% das vagas
    Universidade Federal do Tocantins: A partir de 2009, usará o Enem como fase única para 25% das vagas de todos os cursos. As demais vagas serão preenchidas pelo processo seletivo próprio da universidade
    Universidade Federal do Pará: Em fase de decisão
    Universidade Federal do Amapá: Não utilizará o Enem no processo seletivo de 2009

    Universidades novas (Projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional)
    Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila): Adotará o Enem em fase única. A operacionalização do processo está em fase de discussão
    Universidade Federal da Integração Amazônica (Uniam): Adotará o Enem em fase única
    Universidade Luso Afro-Brasileira (Unilab): Adotará o Enem em fase única. A operacionalização do processo está em discussão
    Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS: Adotará o Enem em fase única. Aluno de escola pública terá bônus