27/08/2008

Confira redações nota dez do Enem

A nota na redação do Enem pode ser decisiva para alcançar uma boa pontuação na prova. E a boa notícia é que, para ser um dos campeões da redação do exame, não é preciso alcançar o erro zero de ortografia. O que é cobrado do aluno é a capacidade de escrever um texto coeso, argumentativo e de acordo com a proposta da prova que, no ano passado, foi "O desafio de se conviver com a diferença".

Confira duas redações nota dez do Enem 2007, extraídas do site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), entidade responsável pelo exame, e saiba porque elas alcançaram a nota máxima.
O valor da diferença

O desafio de se conviver com a diferença na sociedade é complicado, mas necessário. Diante da grande pluralidade cultural e étnica que se choca com freqüência no mundo globalizado é preciso, além de tolerância, respeito incondicional aos direitos humanos.

Diariamente, nos deparamos com pessoas das mais variadas culturas, opiniões e classes sociais. Muitas vezes, são nossos vizinhos, colegas e amigos. Essa convivência enriquece nossas vidas, pois aprendemos a respeitar o nosso próximo, nos tornando pessoas mais fraternas. Porém nem sempre essa relação acontecem facilmente fatos divulgados pela mídia nos mostram que, para alguns ainda, a simples diferença fenotipica gera discriminação e violência, como no caso do brasileiro que foi confundido com um terrorista em Londres. Ele foi brutamente exterminado pela policia inglesa por ter feições diferentes da maioria dos britânicos.

Para o bom funcionamento das sociedades, a diferença precisa ser respeitada. Nas relações econômicas internacionais, se lida com diferentes culturas ao menos tempo. Não há espaço para discriminação para quem quer ser competitivo no mercado.


Por que o texto foi nota dez? - Segundo a professora de língua portuguesa Nara Martins, apesar de pequenos erros de português, como de concordância em "nem sempre essa relação acontecem", o texto apresenta exatamente o que é exigido pela banca do Enem. "São cobradas do aluno cinco competências: domínio da norma culta, compreensão e desenvolvimento do tema, capacidade de selecionar informações para defender um ponto de vista, capacidade de argumentação e de propor uma solução para o problema. Ou seja, o peso que é dado para a construção do texto coeso é muito maior", afirma, explicando que é o caso da redação nota dez.

"A redação apresenta um problema: o desafio de conviver com as diferenças no mundo globalizado; desenvolve o raciocínio com exemplos (o brasileiro assassinado em Londres); e finaliza com uma solução para o problema, respeitar as diferenças para ter competitividade no mercado global. Assim, o texto tem início, meio e fim", explica.

A Necessidade das Diferenças

De acordo com a Teoria da Educação das Espécies, o que possibilita a formação do mundo como conhecemos hoje foi a sobrevivência dos mais aptos ao ambiente. A seleção natural se baseia na escolha das características mais úteis. Estas somente se originam a partir das diferenças determinadas por mutações em códigos genéticos com o passar do tempo.

Se no âmbito Biológico as variações são imprescindíveis à vida, no sociológico não é diferente. Uma vez todos iguais, seriamos atingidos pelos mesmos problemas sem perspectiva de resolução, já que todas as idéias seriam semelhantes.

A maioria das pessoas está inserida em um contexto social. Contudo grandes inovações se fazem a partir do reconhecimento da individualidade de seus integrantes. Assim é de nossa responsabilidade respeitar nossos semelhantes independentes do sexo, raça, idade, religião, visto que dependemos mutuamente.

Obviamente nem todas as diferenças são benéficas. Por exemplo, a diferença entre classes sociais não poderia assumir tal demissão. Para somá-la, necessitamos de uma melhor distribuição de renda aliada a oportunidades de trabalho, educação e saúde para todos.

Devemos nos conscientizar que somos todos iguais em espécie mas conviver com as diferenças (por mais difícil que pareça), pois elas nos enriquecem como pessoas. Nossos esforços devem ser voltados contra discriminações anacrônicas e vis, como o racismo ou perseguições religiosas. Estas não nos levam a lugar algum, apenas nos desqualificam como seres humanos.


Por que o texto foi nota dez? - "Apesar de versar sobre o mesmo tema, as diferenças, a redação seguiu uma linha de raciocínio completamente diferente", comenta Nara. "O que provavelmente mais chamou a atenção dos professores que corrigiram o texto foi a originalidade da argumentação. O aluno partiu da biologia para justificar as diferenças entre os seres humanos, e desenvolveu um raciocínio coeso para concluir que, se as diferenças devem ser respeitadas, também devem ser dirimidas quando forem prejudiciais."

Redação Terra

Novo Português passa a vigorar em 1º de janeiro

Novo Português passa a vigorar em 1º de janeiro
Quarta-Feira - 27/08/2008
Buscando parceria com a sociedade, MEC recebe sugestões e dúvidas até 1º de setembro
Apartir de 1° de janeiro de 2009 começam a vigorar as novas regras do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa. Porém, o brasileiro terá até dezembro de 2012 para se adaptar à nova grafia. Um decreto elaborado pelos ministérios da Educação (MEC), das Relações Exteriores e da Cultura estabelecerá as regras para a fase de transição.

A idéia é propor um trabalho em parceria com a sociedade. Para tanto, até dia 1º de setembro próximo está aberta uma consulta pública para que os interessados encaminhem dúvidas e sugestões que poderão ser incluídas no decreto. Segundo o presidente da Comissão de Língua Portuguesa (Colip) do MEC, Godofredo Oliveira Neto, o objetivo é ouvir grandes atores que estão diretamente envolvidos com o assunto, como as entidades que representam dirigentes de educação, editoras, jornais e universidades para que eles avaliem se, de alguma maneira, aquilo pode causar algum prejuízo sério. As contribuições devem ser enviadas para o e-mail acordoortografico@mec.gov.br. Neto revela que a intenção é que o decreto que regulamentará a fase de transição seja assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 29 de setembro, data do centenário da morte de Machado de Assis. O presidente da Colip lembra que o conteúdo do acordo não pode ser alterado, apesar da comissão ter recebido, via consulta pública, algumas propostas nesse sentido. “Isso é um decreto legislativo de 1995. As propostas de alteração da ortografia não estão incluídas nesse decreto, elas já foram acordadas no Congresso há 10 anos. Não podemos entrar no mérito do conteúdo da lei”, argumenta.

Sem castigo - Neto acredita que a população vai se adaptar sem traumas às novas regras. Segundo ele, após a assinatura do decreto, há previsão de uma campanha na mídia para explicar as alterações. “Principalmente para mostrar que nenhum aluno poderá ser prejudicado se escrever na norma antiga em provas de concursos públicos ou vestibulares”, aponta. A não aplicação das novas regras será considerada erro depois de dezembro de 2012.

O presidente da Colip diz que houve, em um primeiro momento, uma certa reação contra. “Entretanto essa reação não durou muito. Não são mudanças estruturais, muda muito pouco no Brasil. O acordo será bom para os dois lados, Brasil e Portugal, e revigora a Língua Portuguesa no mundo”, ressalta Neto. Segundo avaliações da Colip, cerca de 0,5% das palavras serão alteradas no Brasil com o acordo.

Em 2009, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), responsável pela distribuição das obras que serão utilizadas por alunos da educação básica da rede pública, já incluirá livros com a nova grafia. “Em 1971, nós já tivemos uma reforma ortográfica, o Brasil passou pela mesma coisa. Isso mexe com o emocional das pessoas, mas depois todos se adaptam”, defende Neto.

Detalhes

* Acordo ortográfico internacional entre países de Língua Portuguesa pretende unificar a escrita em oito países: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Portugal, além do Brasil.

*A Língua Portuguesa é o idioma falado por aproximadamente 220 milhões de pessoas no mundo, sendo 190 milhões só de brasileiros

*1º de setembro é a data para envio de sugestões e dúvidas sobre as novas regras

* 1º de janeiro de 2009, começam a valer as alterações na Língua Portuguesa.

Trema: o acento será totalmente eliminado, mas continua a existir em nomes próprios e seus derivados. Assim, ‘freqüente’ passa a ser ‘frequente’, tranqüilo vira tranquilo.

Acentos em ditongos: acaba o acento nos ditongos abertos ‘ei’ e ‘oi’ paroxítonos. Dessa maneira, ‘idéia’ vira ‘ideia’, assembléia passa a ser assembleia.

Acento circunflexo: quando dois ‘os’ ficam juntos também some. Logo, ‘vôo’ vira ‘voo’, enjôo torna-se enjoo. Nas formas verbais creem, leem, deem, veem e derivados, o circunflexo também cai.

Acento diferencial: o acento que diferenciava palavras homônimas de significados diferentes acaba. Conseqüentemente, ‘pára’ do verbo parar vai ficar apenas ‘para’.

Hífens: cai a maioria dos hífens em palavras compostas. Assim, pára-quedas vira paraquedas. Será mantido o hífen em palavras compostas cuja segunda palavra começa com h, como pré-história. Em substantivos compostos cuja última letra da primeira palavra e a primeira letra do prefixo são as mesmas, será feita a introdução do hífen. Assim microondas vira micro-ondas. O sinal será abolido em palavras compostas em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento também começa com outra vogal, como em aeroespacial (aero + espacial) e extraescolar (extra + escolar). A partir da reforma, nos casos em que a primeira palavra terminar em vogal e a segunda começar por “r” ou “s”, essas letras deverão ser duplicadas, como na conjunção “anti” + “semita”: “antissemita”. A exceção é quando o primeiro elemento terminar e “r” e o segundo elemento começar com a mesma letra. Nesse caso, a palavra deverá ser grafada com hífen, como em “hiper-requintado” e “inter-racial”.

Inclusão de letras: as letras antes suprimidas do alfabeto português (k, y e w) voltam, mas só valem para manter as grafias de palavras estrangeiras.

Fim das letras mudas: Em Portugal, é comum a grafia de letras que não são pronunciadas como ‘facto’ para falar ‘fato’. Elas sumirão.

Dupla acentuação: foi mantida a diferença de acentuação entre o português brasileiro e o lusitano. É comum quando se fala do acento circunflexo e agudo: assim, nós escrevemos ‘econômico’ e eles, ‘económico’.


FONTE:http://www.arazao.com.br/noticias.php?cod=4046

17/08/2008

"ONDE HÁ FUMAÇA NEM SEMPRE EXISTE FOGO"


Tem momentos na vida em que é preciso contar até três para não perder a calma e sair armando um “barraco”.
Uma delas é quando a pessoa se vê envolvida na maior fofoca maldosa. Ninguém sabe dizer ao certo quem foi que começou dizendo que…a pessoa fez…
Os colegas olham torto e o zum… zum… zum ganha corpo. Cada um acrescenta uma informação para deixar a história ainda mais picante.
De uma hora para a outra, todas as coisas boas que a pessoa fez na vida são esquecidas e os detalhes maldosos conspiram para aumentar o falatório.
Todos dão a sua opinião, mas ninguém vai a fundo para saber se o que ouviu é verdade ou não.Os fofoqueiros precisam disso para mostrar que são importantes e sabem das coisas. Já quem ouve a fofoca se sente especial, porque só se compartilha um segredo com quem é íntimo.
A fofoca é geralmente montada usando fatos que não têm nada haver com a realidade mas se encaixam com perfeição ao que está sendo contado.
A história de que onde há fumaça há fogo em geral é bobagem, qualquer pessoa pode ter sua história contada de várias maneiras e o jeito negativo é uma delas.
O triste é que a fofoca além de ser geralmente motivada por inveja, é uma arma poderosa para minar relacionamentos e diminuir a auto-estima de quem é vítima dela.
O importante é não entrar numa furada e colaborar para dar corpo a comentários que podem atrapalhar a vida de uma pessoa.
Para terminar, existe um provérbio espanhol que diz: “Quem quer que fofoque para você irá fofocar sobre você.”
Escrito por Lícia Egger Moellwald

OBS.: Exerçam a língua para o bem, para falar corretamente e coerentemente. Lembre-se do que diz a bíblia:
Sl. 34:13: “Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem enganosamente”.
- Pv. 10:31-32: “A boca do justo produz sabedoria em abundância, mas a língua perversa será exterminada. Os lábios do justo sabem o que é bom, mas a boca do ímpio somente o que é perverso”.
- PV. 21:23: “O que guarda a sua boca e a sua língua guarda das angústias a sua alma”.
- Pv. 12:18-19: “Há alguns cujas palavras são como pontas de espada, mas a língua dos sábios é saúde. O lábio veraz permanece para sempre, mas a língua mentirosa só dura um momento”.
Como não cair na tentação:
1. Pense sempre antes de falar, isso é válido para a vida.
2. Avalie o que vai dizer. Qual o seu objetivo real?
3. Tente imaginar como aquela revelação afetaria a vida dos envolvidos.
4. Não há outro meio de ganhar a confiança ou a cumplicidade de alguém, sem apelar?
5. Lembre-se que a mentira tem “perna curta”, e que o tiro pode sair pela culatra: nem sempre a fofoca é bem recebida.

Recomendo que leia "As três peneiras de Sócrates"(vá no final da página e click -ver mais postagem.

15/08/2008

ATENÇÃO!!!



É proibido proibir errado!
As palavras "vizita" e "volti" são cômicas, para não dizer trágicas. Há erros absurdos mas óbvios, por isso vou me concentrar apenas em "proibido".
Você com certeza já viu o famoso aviso
É PROIBIDO A ENTRADA DE ESTRANHOS
Proibir assim não vale. Há uma regra (muito simples) para isso.
Você pode simplesmente tirar o artigo "a":
É PROIBIDO ENTRADA DE ESTRANHOS
Quer manter o artigo de "entrada" (o tal "a")? Tudo bem, mas o adjetivo "proibido" precisa ficar no feminino:
É PROIBIDA A ENTRADA DE ESTRANHOS
Percebeu a diferença? Veja outro exemplo:
É PROIBIDA A SAÍDA DE PEDESTRES ou
É PROIBIDO SAÍDA DE PEDESTRES
______________________Graças a um comentário do visitante Moacir, percebi que eu poderia ter colocado outra maneira de escrever o alerta que aparece na placa. É esta: "É proibido visitar a gruta". Escrito por Glauco Damas às 19h28
Fonte:http://portugueshoje.blog.uol.com.br/

E se ouvissem 3.200 horas da sua conversa?


A velocidade das notícias faz com que, quase sempre, percamos o fio da meada. Algum de vocês já parou para aprofundar o pensamento na informação que a Polícia Federal grampeou 3.200 horas de ligações telefônicas do Daniel Dantas? Vou repetir, foram gravadas: três mil e duzentas horas de conversa. São 133 dias e mais oito horas de lambuja falando ininterruptamente ao telefone!Não sei se vocês vão concordar comigo, mas... Qualquer ser humano, vejam bem, vou repetir novamente, QUALQUER SER HUMANO que tiver 3.200 de conversas telefônicas grampeadas vai dar muitos, talvez milhares, de motivos para ser pego pela Justiça. Imagina então o Daniel Dantas, que nem parece humano!Seja sincero: quantos crime ou, vá lá, pecadinhos você já cometeu em 3.200 horas de conversa telefônica?
Coragem: ajoelhe, se arrependa e confesse, internauta pecador!
;-)
Escrito por Marcelo Tas às 10h01

DICAS DE PORTUGUÊS -Professor Sério Nogueira


Alerta OU alertas?
Leitor quer saber se “eles precisam ficar mais alerta OU alertas”. O correto é “eles precisam ficar mais alerta”.
Nessa frase, ALERTA é advérbio, por isso não se flexiona (gênero e número).
ALERTA vai para o plural quando funciona como adjetivo: “pessoas alertas”, “soldados alertas”.
ALERTA pode ser também um substantivo masculino (= sinal, ordem, aviso para estar vigilante): “Deu vários alertas”.
Super-terça OU superterça?
Com ou sem hífen?
Com os prefixos INTER, HIPER e SUPER, só usamos hífen se a palavra seguinte começar por “H” ou “R”: inter-regional, inter-racial, hiper-humano, hiper-resistente, super-herói, super-homem, super-reação, super-requintado…
Assim sendo, devemos escrever SUPERTERÇA sem hífen, “tudo junto” como se diz popularmente. Esta regra não será alterada com a nova reforma ortográfica.
Migrar OU emigrar OU imigrar?
Leitor quer saber qual é a forma correta.A melhor resposta é “depende do caso”.
EMIGRAR é “sair de um país para viver em outro”: “Todo ano muitos brasileiros emigram para os Estados Unidos”. O prefixo “e(x)-“ significa “movimento para fora”: emergir, exportar, externar, expulsar;
IMIGRAR é “entrar, estabelecer-se em país estrangeiro”: “Muitos japoneses imigraram para São Paulo”. O prefixo “i(n)-“ significa “movimento para dentro”: imergir, importar, internar, ingerir.
MIGRAR é “mudar de lugar, região, país…” Isso significa que podemos usar o verbo MIGRAR como sinônimo de EMIGRAR e IMIGRAR. Quando não houver a idéia de “entrada ou saída”, só a de “movimento, mudança”, o mais adequado é usar o verbo MIGRAR: “Durante o inverno muitas aves migram para o hemisfério sul”.
VIR ou VIM?
VIR é infinitivo e VIM é forma da primeira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo: “Ele deve VIR só na próxima semana”; “Ele pode VIR quando quiser”; “Ontem eu não VIM trabalhar”.
As frases “Eu não vou vim” e “Ele só vai vim amanhã” são totalmente inaceitáveis. Seria caso de infinitivo: “vou VIR” e “vai VIR”. O melhor é dizer: “Eu não VIREI” e “Ele só VIRÁ amanhã”.
VER ou VIR?
VER é infinitivo e VIR é infinitivo de outro verbo (VIR) ou é forma do futuro do subjuntivo do verbo VER. O futuro do subjuntivo do verbo VIR é VIER.
1) Ele deve VER o filme (infinitivo do verbo VER);
2) Quando ele VIR o filme, mudará de opinião (futuro do subjuntivo do verbo VER);
3) Ele deve VIR à reunião imediatamente (infinitivo do verbo VIR);
4) Quando ele VIER para o Brasil, entenderá melhor o problema (futuro do subjuntivo do verbo VIR).
Assim sendo, a frase “Se eles VEREM de perto o que aconteceu, vão entender melhor os nossos problemas” é inaceitável. O correto é “Se eles VIREM de perto o que aconteceu…” Nessa frase, devemos usar o verbo VER no futuro do subjuntivo.É o mesmo caso de “quando a gente se vê de novo”. Em língua padrão, devemos dizer “quando nos VIRMOS de novo”.
Há muito tempo que, na língua oral, algumas formas verbais do verbo ESTAR perderam a sílaba inicial: eu tô (estou), ele tá (está), tamos (estamos), tão (estão), tava (estava), tive (estive), tiver (estiver)…
Não discuto se está certo ou errado. Faço apenas a constatação de um fato inegável: a forma reduzida é uma marca característica da língua coloquial do português falado no Brasil.
É interessante fazermos algumas observações:
1ª) No caso do infinitivo, não usamos a forma reduzida. Ninguém diz que “ele deve tar em casa”. Todos dizem: “Ele deve ESTAR em casa”.
2ª) Em textos formais, que exijam uma linguagem mais cuidada, não devemos usar as formas reduzidas: Eu estou em casa (em vez de “tô em casa”); Ele está feliz (em vez de “ele tá feliz”).
3ª) Devemos evitar as formas “tive” (por estive), “teve” (por esteve), “tiver” (por estiver), pois pode gerar ambigüidade. “Aqui ele não virá se tiver doente”. Se tiver (do verbo TER) doente (= houver doente) OU se ele estiver (do verbo ESTAR) doente?Na chamada língua padrão, não existe o tal verbo TAR. O verbo é ESTAR e não devemos usar as formas reduzidas. Diga e escreva: estou, está, estamos, estão, estava, estive, esteve, estiver…
O leitor quer saber
1ª) Onde está erro na frase “Conheceu sua mulher quando ele teve na Bahia”?
Não podemos, em hipótese alguma, confundir TEVE (pretérito perfeito do indicativo do verbo TER) com ESTEVE (do verbo ESTAR): “Ele não TEVE tempo para resolver o problema”; “Conheceu sua mulher quando ele ESTEVE na Bahia”.
2ª) Está OU estar?
ESTÁ é a terceira pessoa do singular do presente do indicativo: “Ele ESTÁ confiante”; “O advogado já ESTÁ no escritório”.
ESTAR é o infinitivo: “Ele deve ESTAR confiante”; “O advogado só vai ESTAR no escritório amanhã”.
Esse tipo de dúvida se deve à tendência de omitirmos, no português coloquial falado no Brasil, o “r” final dos verbos: “vou falá” (vou falar); “vai vendê” (vai vender); “deve parti” (deve partir).
Essa confusão, entretanto, só acontece em verbos em que a terceira pessoa do singular do presente do indicativo é semelhante à forma do infinitivo: está ou estar; vê ou ver; crê ou crer; lê ou ler… Ninguém confunde diz com dizer, faz com fazer, tem com ter, quer com querer…
Assim sendo, em caso de dúvida, podemos usar este artifício:
a) Se ele DIZ, FAZ, TEM ou QUER, é porque ele ESTÁ ou VÊ;
b) Se ele vai DIZER, FAZER, TER ou QUERER, é porque ele vai ESTAR ou VER.
VER ou VIR?
VER é infinitivo e VIR é infinitivo de outro verbo (VIR) ou é forma do futuro do subjuntivo do verbo VER. O futuro do subjuntivo do verbo VIR é VIER.
1) Ele deve VER o filme (infinitivo do verbo VER);
2) Quando ele VIR o filme, mudará de opinião (futuro do subjuntivo do verbo VER);
3) Ele deve VIR à reunião imediatamente (infinitivo do verbo VIR);
4) Quando ele VIER para o Brasil, entenderá melhor o problema (futuro do subjuntivo do verbo VIR).
Assim sendo, a frase “Se eles VEREM de perto o que aconteceu, vão entender melhor os nossos problemas” é inaceitável. O correto é “Se eles VIREM de perto o que aconteceu…” Nessa frase, devemos usar o verbo VER no futuro do subjuntivo.É o mesmo caso de “quando a gente se vê de novo”. Em língua padrão, devemos dizer “quando nos VIRMOS de novo”.
PREVER ou PREVIR?
É a mesma explicação dada no caso anterior. A regra que vale para os verbos primitivos (VER e VIR) vale para os verbos derivados (PREVER, REVER; INTERVIR, PROVIR).PREVER é infinitivo e PREVIR é forma do futuro do subjuntivo: “Ele pode PREVER tudo que lhe acontecerá durante este ano”; “Ele poderá ser promovido se PREVIR o resultado das negociações”.

08/08/2008

SUJEITO E PREDICADO


Termos essenciais da oração: Sujeito e predicado

Toda oração é formada por termos chamados por definições de sujeito e predicado:

Sujeito: é o termo sobre o qual se declara alguma coisa;

Predicado: é tudo aquilo que se declara do sujeito.

Vamos a um exemplo: (veja o quadro verde)

"Tonico" designa alguém e alguém de quem se disse ou declarou algo.
Responda à pergunta: "quem é que mora no interior de São Paulo?".
A resposta é: "Tonico". Portanto, "Tonico" é o sujeito da oração que você vê no quadro.
Pense também: o que se diz ou se declara de "Tonico"?
Que ele "mora no interior de São Paulo". Essa declaração, portanto, é o predicado da oração.
Simples, não é? Simplíssimo!

Observe a frase:Maria fez faculdade de Letras.

Núcleo do Sujeito

É a palavra mais importante do sujeito. No exemplo citado acima, Maria é o sujeito e núcleo do sujeito, também. Porém, às vezes, o sujeito vem composto por várias palavras e conectivos. Então, é preciso identificar qual destas palavras é a mais importante.

EX: O carro do meu pai é azul. O sujeito é: O carro do meu pai.

Temos cinco termos. Destes, o mais importante é carro. Logo, carro é o núcleo do sujeito.

EX 2: Esta casa é bonita. Sujeito: esta casa

Núcleo do sujeito: casa
Classificação do Sujeito

O sujeito pode ser:- Simples- Composto- Oculto ou desinencial- Indeterminado- Oração sem sujeito.
1)Sujeito Simples= Possui apenas um núcleo.

EX: As estrelas brilham no firmamento.

Sujeito: As estrelas

Núcleo: estrelas

EX 2: O menino e a menina vão à escola.

Sujeito: O menino e a menina

Núcleo: menino/menina
2)Sujeito Oculto ou Desinencial= Não está presente na frase, mas é reconhecível pela terminação verbal.

EX: Concordamos com as suas idéias.

Sujeito: nós Núcleo: nós

EX 2: Não entendi a questão.

Sujeito: eu

Núcleo: eu
3)Sujeito Indeterminado = O sujeito não está expresso na oração. Existem duas formas de indeterminar o sujeito.

A. Verbo na terceira pessoa do plural- Mandaram os acidentados para o hospital.-

Falaram bem de você.-

Telefonaram para você.

B. Verbo na terceira pessoa do singular + partícula – se junto de qualquer verbo (exceto o verbo transitivo direto)-

Precisa-se de carpinteiros. (o verbo precisar é transitivo indireto)-

Acredita-se em marcianos. (acreditar é transitivo indireto)-

Trabalha-se demais aqui. (trabalhar é intransitivo)


4)Oração sem Sujeito = Ocorre oração sem sujeito nos seguintes casos.

A. Com o verbo haver no sentido de existir ou com referência à passagem de tempo.

EX.:- Há dois meses que não o vejo.

- Há vários alunos na sala

.- Há muitos anos que não o vejo.

- Havia cinco alunos na biblioteca.

Nestes casos o verbo haver é impessoal. Porém, se nós substituirmos haver por existir, já não será mais um caso de oração sem sujeito.

EX: Existiam cinco alunos na sala.

Sujeito: cinco alunos.O verbo existir possui sujeito, pois ele não é impessoal.

B). Com verbos e expressões que indicam fenômenos meteorológicos.

EX.:- Trovejou hoje.

- Nevou no sul do Brasil.

C). Com verbos fazer, ser, estar indicando tempo ou clima.

EX.:- Faz dois anos que ele saiu.

- É uma hora.

- Está frio.