13/12/2009

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor. (Jô Soares)

É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.

Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".

Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.

Não falta ao colégio, é um "caxias".
Precisa faltar, é um "turista".

Conversa com os outros professores, está "malhando" os alunos.
Não conversa, é um desligado.

Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.

Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.

A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.

Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.

Exige, é rude.
Elogia, é debochado.

O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu "mole".

É... o professor está sempre errado, mas, se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.

2 comentários:

Raiana Reis disse...

rsrs realismo total esse texto Deborah, esse ano de 2009 vivi isso pela primeira vez, a experiencia de uma sala de aula. Resultado: perceber que ser professor não é ter uma profissão, é uma escolha de vida, só com muito amor pra superar inúmeras barreiras!
Esse foi um ano com gostinho de início e venho através das nossas rotas virtuais cruzadas agradecer sua visita, desejando mais encontros entre as leituras e trocas de pensamentos. Esses momentos por vezes nos colorem os dias e inspiram direções.
Que a renovação seja por dentro maior que no calendário.
Beijos desde a lua.
Raiana Reis
Rayos de Luna
Tocou

Robson Ribeiro disse...

Muito bom e divertido.

Os professores são, na sua maioria, exemplos de dedicação e amor à profissão.

Beijos!