07/03/2009

Componentes da Linguagem

Fonologia

Ramo da Linguística que estuda os sistemas sonoros das línguas do ponto de vista da sua função no sistema de comunicação linguística. Da grande quantidade de sons que o aparelho vocal humano consegue produzir, e que é estudado pela fonética, apenas uma pequena parte é usada distintivamente em cada língua, aspecto que é precisamente desenvolvido pela fonologia. A fonologia obriga, portanto, a um exercício de abstracção a partir do nível sonoro das línguas, exercício cujo objectivo consiste na procura de generalizações significativas através da análise de fonemas, segmentos, traços distintivos ou quaisquer outras unidades fonológicas de acordo com a teoria usada. Esta mesma análise, da qual os estudos sintácticos e morfológicos constituem complementos, determina, por sua vez, a organização de um sistema de contrastes sonoros que permitem, por exemplo, explicitar as unidades fonológicas que distinguem, numa mesma língua, duas mensagens de sentido diferente (veja-se a título de exemplo a diferença fonológica no início das palavras do português – bala e mala).



Semântica

A semântica (do grego σημαντικός, derivado de sema, sinal) refere-se ao estudo do significado, em todos os sentidos do termo. A semântica opõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a primeira se ocupa do que algo significa, enquanto a segunda se debruça sobre as estruturas ou padrões formais do modo como esse algo é expresso (por exemplo, escritos ou falados). Dependendo da concepção de significado que se tenha, tem-se diferentes semânticas. A semântica formal, a semântica da enunciação ou argumentativa e a semântica cognitiva, por exemplo, estudam o mesmo fenómeno, mas com conceitos e enfoques diferentes.


Morfologia


Em linguística, no nível de análise morfológico encontramos duas unidades formais: a palavra e o morfema e uma das questões centrais no estudo da morfologia que é decidir se a abordagem será pela perspectiva do morfema ou se a partir da palavra, da formação e da classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. A Gramática Tradicional fez opção clara pela abordagem a partir da perspectiva da palavra, tanto que a morfologia tradicional é centrada no estudo das classes de palavras. Alguns linguistas sugerem que a abordagem a partir dos morfemas é mais sensata, dadas as dificuldades encontradas para delimitar o conceito de palavra.



Sintaxe

A sintaxe é o ramo da linguística que estuda os processos generativos ou combinatórios das frases das línguas naturais, tendo em vista especificar a sua estrutura interna e funcionamento. Os primeiros passos da tradição europeia no estudo da sintaxe foram dados pelos antigos gregos, começando com Aristóteles, que foi o primeiro a dividir a frase em sujeitos e predicados. Um segundo contributo fundamental deve-se a Frege que critica a análise aristotélica, propondo uma divisão da frase em função e argumento. Deste trabalho fundador, deriva toda a lógica formal contemporânea, bem como a sintaxe formal. No século XIX a filologia dedicou-se sobretudo à investigação nas áreas da fonologia e morfologia, não tendo reconhecido o contributo fundamental de Frege, que só em meados do séc. XX foi verdadeiramente apreciado.



Pragmática
Pragmática é o ramo da linguística que visa a captar a discrepância entre o significado proposicional recuperável pela semântica composicional de um enunciado e o significado visado por um falante numa dada enunciação. Estuda os significados linguísticos determinados não exclusivamente pela semântica proposicional ou frásica, mas dedutível de condições dependentes do contexto extra-linguístico: discursivo, situacional, etc.



Linguagem e Articulação

Por fonologia e articulação entendemos coisas diferentes, daí se tornar difícil definir se o erro que a criança comete é de origem fonológica ou articulatória. A fonologia refere-se a regras para utilizar os sons da linguagem, e a articulação refere-se aos movimentos dos órgãos fonadores na produção dos sons da fala. A criança pode omitir sons, substitui-los, deturpá-los ou, até mesmo acrescentar outros. Erros na produção de sons da fala, podem tornar um discurso difícil de compreender, ou até mesmo inteligível. Muitas crianças não dominam as regras fonológicas nem produzem correctamente os sons, até à idade de entrarem na escola. Estes erros podem ser considerados um problema que apenas um especialista pode avaliar tendo em conta os seguintes factores:


Número, tipo e frequência dos erros evidenciados;
Idade e características a nível do desenvolvimento;
Inteligibilidade do discurso;
Características fonológicas da comunidade onde a criança habita.
As causas podem ser as seguintes:

Lesão cerebral;
Lesão a nível dos nervos que controlam os músculos utilizados na fala;
Anomalia nas estruturas orais;
Perda auditiva.
Contudo, nem sempre os erros articulatórios estão ligados a factores biológicos, mas também não são de origem perceptivo – motores ou psicossociais.

fonte:http://www2.ilch.uminho.pt/portaldealunos/Estudos/EP/AH/TCH/P2/Adriana/componentes.html

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