18/07/2008

CARPE DIEM


Carpe diem é expressão de origem latina significando "aproveite o dia".
Desde Horácio, o tema tem sido recorrente ao longo dos séculos. Apareceu no renascentismo francês, no barroco inglês e no arcadismo brasileiro, citando alguns exemplos.
Carpe diem também está presente na cultura oriental e, por incrível que pareça, até na poesia asteca, pré-colombiana¹. Embora os astecas não tivessem conhecimento de Horácio e muito menos de carpe diem ou de tempus fugit, já sabiam que tempo é arte (Zeit ist Kunst), conhecendo profundamente a fórmula da Lei do Tempo (T(E)=Arte)², mas como esse Blog não é esotérico, tampouco trata de física, não entrará em detalhes sobre a matéria.
De Horácio a Júdice muita coisa mudou na literatura e no mundo: permanente ainda é o desejo de aproveitar a vida ao máximo.

ORIGEM DAS PALAVRAS

Tudo tem a sua história. A língua portuguesa não é diferente. Toda língua tem uma história que se confunde com a de seus falantes, ou seja, o seu povo. O português também é assim. Nossas palavras vêm de várias fontes. Vejamos:
1ª) Fonte primária e básica é o latim falado, que os filólogos denominam de latim vulgar. Este latim era levado pelos soldados romanos a cada região conquistada pelo império. Em cada terra, os soldados romanos se misturavam na convivência, que também gerou uma mistura lingüística do latim vulgar com a língua nativa, dando origem a vários idiomas, como: português, castelhano, catalão, provençal, francês, rético, italiano, sardo, dalmático (morto) e romeno. A Península Ibérica foi conquistada no século III A.C.. Nela habitavam celtas, iberos, fenícios, gregos e outros grupos. Celso Cunha diz que poucas palavras destes povos permaneceram no português, como: balsa, barro, carrasco, louça, manteiga e alguns sufixos.
2ª) Latim escrito usado pela Igreja Católica e pelos intelectuais, de onde nasceram as palavras eruditas no português, como: celeste, fascículo, homúnculo, lácteo, miraculoso (de milagre).
3ª) Outras línguas, quase sempre neolatinas, das quais recebemos palavras que tiveram origem também no latim, como amistoso, ligado à palavra castelhana amistad (no português amizade), do latim amicitate.
4ª) Invasões estrangeiras. Os visigodos, no século V, como os árabes, do século VII ao XV, estiveram na Península Ibérica, por isso há no português várias palavras de origem gótica, como: albergue, bando, guerra, trégua; de origem árabe, como: alface, álcool, cifra, faquir, tripa, xadrez. De 1580 a 1640 Portugal permaneceu sob o domínio espanhol, são desta época o espanholismo, como: alambrado, granizo, hombridade, neblina redondilha, tablado, vislumbrar.
5ª) Imigrações. Já no Brasil, o português sofreu influência dos negros, que foram trazidos como escravos, como acarajé, candomblé, dengue, vatapá. Recebemos palavras também do povo nativo, os índios, principalmente nos nomes dos acidentes geográficos e das cidades. Depois dos europeus e asiáticos vindos ao Brasil no final do século XIX e início do século XX, como: italianos, espanhóis, japoneses. Por isso, o português do Brasil foi se distanciando do português de Portugal.
6ª) Influência cultural. A intelectualidade brasileira já sofreu forte influência cultural da França, por isso temos palavras importadas do francês, como: chique, croqui, tricô, menu, omelete, purê, sutiã. Atualmente sofremos uma influência forte do inglês norte-americano, como: basquete, vôlei, boxe, ringue, uísque, nocaute, cartum, filme. Havendo muitas palavras que conservam a ortografia inglesa, como: marketing, software, overnight, holding, lobby.
E o português continua aberto à importação de termos estrangeiros, principalmente em tempos de globalização.
Origem da palavra cretino Cretino é palavra que várias línguas românicas tomaram emprestada de um dialeto franco-provençal dos Alpes Suícos, "cretin" (do latim "christianu", que significa cristão). Nessa região muitos dos habitantes eram acometidos de cretinismo ou bócio (doença caracterizada pelo crescimento da tireóide, vulgarmente conhecida por papo), e assim denominados por pena, "pobre cristão", "pobrezinho". Como o bócio provoca a parada do desenvolvimento físico e mental, o termo passou a usar-se pejorativamente com o significado de imbecil, idiota. (Adriano da Gama Kury)
Cunhado Cunhado resulta do latim "cognatu". E "cognatu" (nascido do mesmo sangue) ao contrário de cunhado, é parente pelo sangue, e não por afinidade. "Cognato" é forma erudita, e além do sentido jurídico de parente consangüíneo, usa-se em Gramática para designar a palavra que tem raiz comum com outras, como: claro, clareza, claridade, esclarecer. Poranto, o sentido atual de cunhado (parente por afinidade) nada tem a ver com o seu primeiro sentido, lá no latim (parente pelo sangue). (Adriano da Gama Kury)
Fogo Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.
Lápis e lápide A palavra lápis, em latim, possuía várias formas, de acordo com sua função na frase: lapidis, lapidem. Ela significa pedra: pedra tumular, marco miliário, pedra preciosa. O portuguê, no século XVI, tomou provavelmente do italiano a palavra lápis, já com sentido especial de grafite, ou seja, variedade de carbono cristalizado para escrever. E hoje designa qualquer bastãozinho, geralmente de madeira e cilíndrico, que envolve a grafite. Da forma lapidem provém, por via erudita, a nossa lápide, que se usa apenas nos sentidos de laje com inscrição comemorativa e laje tumular. (Gama Kury)
Libertino, a princípio filho de escravo liberto, tomou o sentido de libertados dos preceitos da moral e da religião, e daí devasso, imoral, despudorado, dissoluto.(Gama Kury)
Lindo e legítimo À primeira vista, ninguém associará "lindo" e "legítimo". Mas é preciso saber que o latim "legitimu", a princípio termo jurídico (legal, conforme às leis), também passou a significar perfeito, excelente, e nos deu, além da forma erudita "legítimo", a evolutiva "lídimo", a qual, por uma permuta de sons usual, deve ter tido a forma "límido", que, com a queda, bastante comum, do /i/ seguinte à sílaba tônica, transformou-se em "lim'do", e finalmente "lindo". A evolução de sentido t erá sido a seguinte: legítimo=puro= nobre de estipre=perfeito=formoso. (Gama Kury)
Lucro O latim "lucru", por via culta, nos deu lucro, de sentido semelhante. Mas, por via popular, a forma resultante é "logro": engano, trapaça, fraude. Há certa tendência a dar sentido pejorativo aos termos comerciais: na verdade, para aumentar seu lucro, o comerciante muitas vezes logra o freguês. Observe que o cognato lograr, ao lado do sentido depreciativo, conserva o de obter, desfrutar, conseguir. ( Adriano da Gama Kury.)
Mágoa, mácula, mancha, malha, imaculado A família portuguesa derivada do Latim "macula" (mancha, malha, marca natural, nódoa, defeito, malha dum tecido) tem vários representantes. Mancha - por via popular, é o termo de sentido mais geral; Malha - pode ser trança de qualquer fibra têxtil, a abertura no entrançado de um tecido, o entrançado de um fio de metal com que se fabricavam as armaduras, o tecido que se desfia facilmente, a roupa feita com tecido entrançado, como mancha natural de coloração diferente na pele dos animais (vaca malhada); Mágoa - já significou mancha proveniente de uma contusão, hoje só se emprega no sentido de desgosto, amargura, pesar, tristeza causados por uma ofensa ou desconsideração; Mácula - por via culta, termo empregado quase sempre no sentido figurado de mancha ou nódoa (virgem sem mácula, Imaculado Coração de Maria).
Minuto/ miúdo Minuto e miúdo provêm, por vias diferentes, do mesmo termo latino, "minutu", que quer dizer diminuído, miúdo. O sentido da forma culta, "minuto", resulta de ser parte diminuta em que se divide a hora. O feminino laltino "minuta", diminuída, passou a aplicar-se aos rascunhos, que eram escritos com letras muito miúdas. ( Adriano da Gama Kury)
Orar, recitar e rezar O latim "orare" tinha o sentido de pronunciar uma fórmula ritual, uma súplica, um discurso, pedir, rogar, pleitear, advogar. Estas duas últimas acepções estão presentes nos cognatos "oração" (lat. "oratione") e orador, da linguagem jurídica. Mas o verbo, por influência do latim da Igreja, especializou-se no sentido de suplicar a Deus, rezar. "Recitare", ler em vez alta, recitar, ler, além da forma erudita "recitar",com o mesmo sentido, deu-nos a forma popular "rezar", cujo sentido se especializou como recitar ou ler orações. (Adriano da Gama Kury)
Pensar O primeiro sentido do verbo latino "pensare" é suspender, pendurar (das conchas da balança), pesar, e nos deu, por via popular, "pesar". Do sentido concreto de "pesar" deriva o figurado de "pesar os prós e os contras", ponderar, examinar, que nos leva ao de meditar, refletir, próprio da forma culta "pensar". (Adriano da Gama Kury)
Trabalho A palavra "trabalho" tem sua origem no vocábulo latino "TRIPALIU" - denominação de um instrumento de tortura formado por três (tri) paus (paliu). Desse modo, originalmente, "trabalhar" significa ser torturado no tripaliu. Quem eram os torturados? Os escravos e os pobres que não podiam pagar os impostos. Assim, quem "trabalhava", naquele tempo, eram as pessoas destituídas de posses. A partir daí, essa idéia de trabalhar como ser torturado passou a dar entendimento não só ao fato de tortura em si, mas também, por extensão, às atividades físicas produtivas realizadas pelos trabalhadores em geral: camponeses, artesãos, agricultores, pedreiros etc. Tal sentido foi de uso comum na Antigüidade e, com esse significado, atravessou quase toda a Idade Média. Só no século XIV começou a ter o sentido genérico que hoje lhe atribuímos, qual seja, o de "aplicação das forças e faculdades (talentos, habilidades) humanas para alcançar um determinado fim". Com a especialização das atividades humanas, imposta pela evolução cultural (especialmente a Revolução Industrial) da humanidade, a palavra trabalho tem hoje uma série de diferentes significados, de tal modo que o verbete, no Dicionário do "Aurélio", lhe dedica vinte acepções básicas e diversas expressões idiomáticas. (Pesquisa de Augusto Nivaldo Trinos.In Revista "Educação e Realidade".)
Tratante Tratante, no português antigo, era apenas o que trata (de negócios, de papéis); mas a falta de honestidade de certos tratadores e negociantes foi responsável pela deterioração do sentido para canalha, patife, velhaco. (Gama Kury)
Vilão "Vilão" era apenas o aldeão, o habitante da vila, veio a significar homem grosseiro, perverso, infame. Certamente há de ter influído a associação (indevida) com vil. E, na maneira de ver dos aristocratas, dos nobres, dos homens da cidade, só os da aldeia, da vila, do campo são grosseiros, capazes de praticar ações vis... (Adriano da Gama Kury)
FONTE:http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=curiosidades/docs/origemdaspalavras

CURIOSIDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA - ETIMOLOGIA

O FRANGO NOSSO DE CADA DIA.
Em Latim, a forma frango é do verbo "frangere" , que significa "romper, quebrar, fazer em pedaços". Nos dicionários, encontramos a palavra frangalho, que significa "farrapo, trapo, coisa imprestável, caco". Deriva-se do verbo "franger" (= quebrar, despedaçar), que vem do verbo latino "frangere" .
Diz ainda o dicionário Aurélio que o substantivo frango (= pinto adulto) é uma derivação regressiva de frangão, que, por sua vez, tem origem controversa.

ORIGEM DOS MESES DO ANO
o mês de janeiro foi criado em homenagem a Jano, deus romano que tem duas caras: uma olha para trás, despedindo-se do ano que parte; a outra, voltada para frente, recepciona os 365 dias que chegam. Esta divindade, dona do tempo, fecha as portas do ano velho e abre as do ano-novo.
Somente o primeiro dia do mês deve ser escrito e falado como numeral ordinal; os demais são cardinais.
Exemplos: 1º de janeiro, 1º de maio, 1º de outubro... 5 de janeiro, 22 de abril, 31 de julho...
Os meses do ano devem ser escritos com a letra inicial minúscula.
Exemplos: janeiro, fevereiro, março, abril...

O VERBO "SUICIDAR-SE" É UM PLEONASMO?
O verbo "suicidar-se" vem do latim sui ("a si" = pronome reflexivo) + cida (= que mata). Isso significa que "suicidar" já é "matar a si mesmo". Dispensaria, dessa forma, a repetição causada pelo uso do pronome reflexivo "se".
É importante lembrar que as palavras terminadas pelo elemento latino "cida" apresentam essa idéia de "matar": formicida - que mata formigas; inseticida - que mata insetos; homicida - que mata homens.
Voltando ao verbo "suicidar-se", se observarmos o uso contemporâneo deste verbo, não restará dúvida: ninguém diz "ele suicida" ou "eles suicidaram". O uso do pronome reflexivo "se" junto ao verbo está mais que consagrado em nosso idioma. É, na verdade, um pleonasmo irreversível.
O verbo "suicidar-se" hoje é tão pronominal quanto os verbos "arrepender-se", "esforçar-se", "dignar-se".
Diferente é o caso do verbo "autocontrolar-se". O prefixo auto vem do grego e significa "a si mesmo". Existe o substantivo "autocontrole" (= controle de si mesmo"), mas não há registro do verbo "autocontrolar-se". Se você quer "controlar a si mesmo", basta "controlar-se".
É interessante, porém, saber que os nossos dicionários registram "autocriticar-se", "autodefender-se", "autodefinir-se", "autodenominar-se", "autodestruir-se", "autodisciplinar-se", "autoenganar-se", "autogovernar-se"...
Numa história que é contada pelo grande ator, compositor, escritor, poeta, Mário Lago, do seu livro 16 linhas cravadas , entre outras histórias, encontra-se a do professor de português que se mata ao descobrir a traição de sua amada esposa Adélia. Deixou escrito na sua mensagem de despedida: "Adélia suicidou-me".
Fonte:http://intervox.nce.ufrj.br/~edpaes/curiosa.htm

17/07/2008

A PALAVRA É:

CONCURSO (con.cur.so)
A palavra “concurso” tem sua origem do latim ‘concursum’, que é uma variação do verbo ‘concurrere’, que significa “correr junto, correr com”.
No nosso idioma, “concurso” não significa apenas um evento onde disputam-se prêmios. Um dos significados mais utilizados para o termo é para referir-se a provas de seleção e admissão em vagas em escolas, empresas públicas, etc..
(Fonte: Boletim do Dicionário Aulete Digital)

16/07/2008

NOTÍCIA

DICIONÁRIOS RAROS LANÇADOS PELO IEB/USP
Basta entrar no site www.ieb.usp.br/online que você poderá verificar gratuitamente verbetes de dicionários raros digitalizados pelo Intituto de Estudos Brasileiros da USP, como por exemplo: Medicina Popular.
Vale a pena verificar!

13/07/2008

PARA REFLETIR







DEFICIÊNCIAS - Mario Quintana (escritor gaúcho 30/07/1906 - 05/05/1994)


“Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive sem ter consciência de que é dono do seu destino.


"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.


"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só têm olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.


"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.


"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.


"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.


"Diabético" é quem não consegue ser doce.


"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.


E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois: "Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.


"A amizade é um amor que nunca morre.”


Autor: Mário Quintana





"Quando uma criatura desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor."
(Goethe) LEIAM GOETHE, VALE A PENA! ESTUDEM TAMBÉM A NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA!!!!!!!!!




09/07/2008

VAMOS FILOSOFAR?


COISAS QUE EU SEI

(Dani Carlo)

Eu quero ficar perto
De tudo o que acho certo
Até o dia em que eu mudar de opinião
A minha experiência
Meu pacto com a ciência
Meu conhecimento é minha distração
Coisas que eu sei
Eu adivinho sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio relógio mostra o tempo errado
Aperte o play
Eu gosto do meu quarto
Do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer na minha confusão
É o meu ponto de vista
Não aceito turistas
Meu mundo ta fechado pra visitação
Coisas que eu sei
O medo mora perto das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim não vou trocar de roupa
É minha Lei
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro do que eu desenhei
Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas no meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos que eu não sei usar
Eu já comprei
Ás vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre quando eu tô afim
Coisas que eu sei
As noites ficam claras no raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes eu somente não sabia... (2x)
Agora eu sei...

MORRE O HOMEM, PORÉM SEU LEGADO PERMANECE!


09 de JULHO de 2008
Corpo de Guilherme Dicke é velado na UFMT
O corpo do escritor mato-grossense Ricardo Guilheme Dicke, falecido hoje cedo, aos 71 anos de idade, está sendo velado no auditório do Centro Cultural da UFMT, desde as 17h30. A saída do féretro está marcada para as 10h de amanhã e o sepultamento será no Cemitério da Piedade, às 10h30. Doutor Honoris Causa da UFMT, Dicke é o mais premiado autor mato-grossense, reconhecido nacionalmente e, também, em Portugal, onde seu livro ´´O Salário dos Profetas´´ foi lançado como peça teatral em Lisboa.O reitor Paulo Speller, que se encontra em Belo Horizonte participando de um seminário, falou pelo telefone que lamentava profundamente o falecimento do escritor, lembrando que Dicke foi uma das raras pessoas a ter recebido o título de Doutor Honoris Causa da UFMT – um entre três, e que esse fato evidenciava o reconhecimento da Instituição pela importância e influência que ele teve nas letras e na cultura de Mato Grosso. Speller mencionou também que a iniciativa de realizar o velório demonstra o quanto o escritor e sua obra são valorizados pela comunidade acadêmica.Para o vice-reitor Elias Alves de Andrade, que é professor do mestrado em estudos de linguagens, ´´a morte de Guilherme Dicke é uma perda imensa para a literatura mato-grossense que fica órfã de um dos seus mais expressivos escritores.´´ Andrade afirmou, também, que se trata de uma perda para a UFMT, lembrando que o autor foi professor na Instituição na década de 70.
Mário Cezar Silva Leite, coordenador do Grupo R. G. Dicke de Estudos em Cultura e Literatura de Mato Grosso e considerado um dos maiores especialistas na obra do escritor, também se manifestou sobre o falecimento, declarando que se trata de ´´uma perda muito grande, um vácuo, pois, apesar da saúde frágil, ele continuava produzindo.´´ Mário Leite acrescentou que Dicke tem vários textos inéditos e que ´´o legado que ele deixou garante a sua presença entre nós.´´ ´´No Grupo R. G. Dicke, disse o pesquisador, ´´já surgiram dissertações de mestrado e teses de doutorado sobre a obra desse escritor e, como editor responsável da Cathedral Publicações, fizemos, em parceria com a Carlina Caniato, um projeto de co-edição de um livro inédito e de um esgotado.
O inédito - ´´Toada do Esquecido e Sinfonia Eqüestre´´- foi publicado em 2006. Quanto ao esgotado, estamos mandando para a gráfica o ´´Madona dos Páramos´´, que é o romance mais conhecido de Dicke. Ele acompanhou todo o processo, tendo participado da revisão, mas, infelizmente, não verá o livro publicado.´´Nascido em Chapada dos Guimarães, Ricardo Guilherme Dicke foi descoberto e reconhecido por Antônio Olinto, João Guimarães Rosa e Jorge Amado. Bacharelou-se em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1971. Em 1972 , licenciou-se em Filosofia, pela Faculdade de Educação também da Universidade Federal de Rio de Janeiro. Trabalhou como professor, tradutor e jornalista para várias editoras e jornais de grande circulação no Rio de Janeiro e Cuiabá. Foi revisor e copy-desk em várias editoras e especialmente entre 1973 e 1975 no jornal O Globo, do Rio de Janeiro. Como artista plástico estudou pintura e desenho, entre 1967 e 1969 com Frank Scheffer e entre 1969 e 1971, com Ivan Serpa e Iberê Camargo. Estudou Cinema no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Fez exposições em Cuiabá e no Rio de Janeiro. Publicou os seguintes romances: ´´Deus de Caim´´; ´´Como o Silêncio´´; ´´Caieira´´; ´´A chave do Abismo´´; ´´Madona dos Páramos´´; ´´O Último Horizonte´´; ´´Cerimônias do Esquecimento´´; ´´Conjuctio Opositoruium no Grande Sertão´´, tese de mestrado em Filosofia na UFRJ; ´´O Salário dos Poetas´´; ´´Rio Abaixo dos Vaqueiros´´. Escreveu, além destes, mais de dez títulos de romances e outras vinte obras, de contos, teatro e poesia, que permanecem em sua casa aguardando um editor.
FONTE:http://www.ufmt.br/

LUTO

Luto: Presidente da AML lembra inovação estilística de Guilherme Dicke
Redação TVCA
O presidente da Academia Mato-grossense de Letras (AML), Sebastião Carlos Gomes de Carvalho, lamentou a morte de Ricardo Guilherme Dicke e destacou como uma das principais virtudes do escritor a inovação estilística.
Para ele, Dicke abordou temas regionais de forma universal. Gomes de Carvalho lembrou o livro "Madona dos Paramos", escrito por Dicke. A obra é constantemente comparada, pelos críticos literários, ao livro "Grande Sertão Veredas", de Guimarães Rosa, demonstrando o requinte e profundidade da literatura de Dicke.
Ainda segundo Gomes de Carvalho, todo o Mato Grosso está de luto. "Morreu um dos mais importantes escritores de Mato Grosso e do Brasil", lamentou Carvalho, que conhece Dicke há mais de 20 anos.
Em 1989, Gomes de Carvalho chegou a editar o primeiro livro de poesia de Dicke, "A Chave do Abismo" - uma novidade para um autor que sempre escreveu romance e conto. Ele afirmou que sentiu um prazer especial em editar o livro produzido por Dicke. Apesar de ser um grande escritor, Dicke não aceitou nenhum dos vários convites de Gomes de Carvalho para se tornar membro da Academia Mato-grossense de Letras.

O corpo acompanha a vida. A vida passa.(Guilherme Dicke)


Relembre entrevista exclusiva concedida por Dicke à TV Centro América
Escritor era um dos mais premiados do Estado
Marcy Monteiro Neto, redação TVCA

O escritor mato-grossense Ricardo Guilherme Dicke morreu na manhã desta quarta-feira, em Cuiabá. Há dois anos, em entrevista ao repórter Fábio Menegatti, da TV Centro América, Dicke revelou que são situações cotidianas aparentemente banais que são os motores da inspiração dele. Ele acabara de completar 70 anos quando se sentou em meio a estantes abarrotadas de romances, crônicas, contos, biografias e muita filosofia, na própria casa, para conceder uma entrevista. Falou sobre o novo livro que estava escrevendo, a paixão pela pintura e a vida.
Confira abaixo um trecho da entrevista exclusiva concedida por Guilherme Dicke naquela oportunidade:
O senhor nunca pára de escrever. O que está fazendo agora?
Dicke - Tem um matadouro. O irmão do chefe, dono do matadouro, eles são americanos né! Lá a boiada se perde no horizonte, eles matam bois, cortam eles vivinhos, penduram em ganchos, o caminhão vai levando.
Já tem título?
Dicke - Tem, mas não lembro, ainda é indefinido.
Como começou sua carreira de pintor?
Dicke - Quando eu era guri, desenhava, desenhava. Tinha uma grande construção vizinha da casa da minha mãe, perto da Igreja da Boa Morte, eu desenhei ela, tinha mangueira, muita mangueira, um segundo andar grande. No colégio, os padres sabiam da minha habilidade, mandavam desenhar um navio, tinha uma revista que vinha da Itália para eles, vinham uns navios bonitos, transatlânticos. Aí eu copiava, copiava o transatlântico, a torre de Pisa, coisas assim. Aí eles pregavam naquele quadro que ficava lá de avisos, não sei de quê, punham meus desenhos lá. Naquele tempo era muita cópia.
Qual foi o primeiro quadro?
Dicke - Foi esse, o do prédio aí, perto da casa da minha mãe..
Guilherme Dicke escritor é muito influenciado pela filosofia de uma maneira geral. E o pintor?
Dicke - Expressionismo! Expressionismo alemão. Foi no começo do século passado, havia muitos pintores alemães. É uma expressão mais forte, diferente de impressionismo. Impressionismo é só uma sugestão. Desenha uma sugestão de aves, auto-retrato, coisa assim. Expressionismo é tudo forte, com muitas cores passadas pelo pincel.
Dá para fazer uma ponte entre o escritor e o pintor?
Dicke - É o mesmo (risos). Um alter ego. O que faço é seguir os caminhos do coração, onde o coração aponta eu vou para lá. O coração me dá as idéias para desenhar um quadro. Vai nascendo aquela idéia, vai pintando, vai aparecendo, não sei como é isso. Sai sem querer!
Será que vem de cima?
Dicke - Ah vem! É o ouro dos anjos!
Como a palavra de ouro que o senhor costuma dizer, sugerida pela Hilda Hilst?
Dicke - Exatamente.
A edição de Madona dos Páramos, de 1981, teve ilustração do senhor?
Dicke - É, na época eu falei para a editora que tinha um desenho bom. Aí eu mandei, ela gostou. Fiz outros também, deu certo.
O senhor nunca pensou em ilustrar mais seus livros? Aumentar ainda mais seu toque pessoal, ir além das características literárias. Deixar maior sua característica como artista plástico?
Dicke - Você que me deu essa idéia! (Risos)
E foi boa?
Dicke - (Risos) Foi. Seria bom ilustrar como fazia o Willian Blake, com desenhos nos livros, mas ele era o Willian Blake, eu sou o Dicke.
Onde é melhor gritar o sufoco do artista? Na literatura ou na pintura?
Dicke - Na literatura. Tem mais receptividade. A pintura precisa organizar, demora para fazer, para mexer. A literatura você escreve, dá para um amigo, edita.
O senhor é um estudioso da filosofia. Como vê a aplicação da ética sobre um governo constantemente acusado de corrupção?
Dicke - Isso foi feio para o presidente! Mala, cueca levando dinheiro. Decepcionou, mas acho que tinha que votar porque ele é o melhor. Dá comida para os pobres, o dinheiro passou a valer mais depois que ele entrou. Apesar da taxação dos inativos (risos).
O senhor foi taxado?
Dicke - Fui. Tenho 70 anos. É muito ano, né!
Sente-se velho?
Dicke - Eu não me sinto velho. Cabeça de jovem, por dentro está tudo bem jovem! A cabeça está num outro mundo, captando idéias, sugestões.
E o corpo?
Dicke - O corpo acompanha a vida. A vida passa.

LUTO NA LITERATURA


Maggi decreta luto oficial de três dias pela morte de Guilherme Dicke
Redação TVCA
O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, decretou luto oficial de três dias pela morte do escritor chapadense Ricardo Guilherme Dicke (71). A medida deve passar a vigorar a partir desta quinta-feira (10). Dicke morreu hoje de manhã depois de sofrer uma parada cardíaca na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), do Hospital São Mateus, onde ficou 5 dias internado em coma profundo.
O corpo do escritor é velado no Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) - instituição que lhe concedeu o título de Doutor Honoris Causa. Ricardo Dicke é um dos mais premiados e importantes autores de Mato Grosso. Escreveu mais de 40 livros, alguns ainda sem edição. Ele trabalhou como professor, tradutor e também atuou como jornalista em vários jornais impressos nos Estados de Mato Grosso e Rio de Janeiro. O enterro será na quinta de manhã no Cemitério da Piedade, em Cuiabá.
Relembre entrevista exclusiva concedida por Dicke à TV Centro América
Dicke, que nasceu no dia 16 de outubro de 1936, na cidade de Chapada dos Guimarães, foi descoberto e reconhecido como escritor por João Guimarães Rosa, Antônio Olinto e Jorge Amado. O livro "Madona dos Paramos" é constantemente comparado a obra "Grande Sertão Veredas" pelos críticos literários. Sua literatura se caracteriza pelo requinte ao escrever e pela profundidade na abordagem dos temas.
Publicou os seguintes romances:
"Deus de Caim"; "Como o Silêncio"; "Caieira"; "A chave do Abismo"; "Madona dos Páramos"; "O Último Horizonte"; "Cerimônias do Esquecimento"; "Conjuctio Opositoruium no Grande Sertão", tese de mestrado em Filosofia na UFRJ; "O Salário dos Poetas"; "Rio Abaixo dos Vaqueiros". Escreveu, além destes, mais de dez títulos de romances e outras vinte obras, de contos, teatro e poesia, que permanecem em sua casa aguardando um editor.

08/07/2008

soneto "Língua Portuguesa", de Olavo Bilac:

LÍNGUA PORTUGUESA - Olavo Bilac
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela..

.Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o tom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

"ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO, INCULTA E BELA"

"ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO, INCULTA E BELA"
A expressão "Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu no período de 1865 a 1918. Esse verso é usado para designar o nosso idioma: a última flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim. O termo inculta fica por conta de todos aqueles que a maltratam (falando e escrevendo errado), mas que continua a ser bela.

PROFESSORA DE PORTUGUÊS


01 - Professora de português não nasce; deriva-se.

02 - Professora de português não cresce; vive gradações.

03 - Professora de português não se movimenta; flexiona-se.

04 - Professora de português não é filha de mãe solteira; resulta de uma derivação imprópria.

05 - Professora de português não tem família; tem parênteses.

06 - Professora de português não envelhece; sofre anacronismo.

07 - Professora de português não vê tv; analisa o enredo de uma novela.

08 - Professora de português não tem dor aguda; tem crônica.

09 - Professora de português não anda; transita.

10 - Professora de português não conversa; produz texto oral.

11 - Professora de português não fala palavrão; profere verbos defectivos.

12 - Professora de português não se corta; faz hiato.

13 - Professora de português não grita; usa vocativos.

14 - Professora de português não dramatiza; declama com emotividade.

15 - Professora de português não se opõe; tem problemas de concordância.

16 - Professora de português não discute; recorre a proposições adversativas.

17 - Professora de português não exagera; usa hipérboles.

18 - Professora de português não compra supérfluos; possui termos acessórios.

19 - Professora de português não fofoca; pratica discurso indireto.

20 - Professora de português não é frágil; é átona.

21 - Professora de português não fala demais; usa pleonasmos.

22 - Professora de português não se apaixona; cria coesão contextual.

23 - Professora de português não tem casos de amor; faz romances.

24 - Professora de português não se casa; conjuga-se.

25 - Professora de português não depende de ninguém; relaciona-se a períodos por subordinação.

26 - Professora de português não tem filhos; gera cognatos.

27 - Professora de português não tem passado; tem pretérito mais-que-perfeito.

28 - Professora de português não rompe um relacionamento; abrevia-o.

29 - Professora de português não foge a regras; vale-se de exceções.

30 - Professora de português não é autoritária; possui voz ativa.

31 - Professora de português não é exigente; adota a norma padrão.

32 - Professora de português não erra; recorre a licença poética.

Amor, força criadora!

Um professor de sociologia mandou seus alunos aos bairros pobres da cidade de baltimore, Estados Unidos, para realizar estudos de casos individuais de 200 garotos, fazendo uma avaliação do futuro de cada um deles.Em todos os casos os estudantes fizeram a seguinte avaliação: "ele não tem a menor chance".Passados 25 anos, outro professor de Sociologia dedicou-se ao estudo realizado. Pediu que seus alunos efetuassem novos estudos para verificar o que havia acontecido com aqueles garotos pobres.Os estudantes descobriram então que, com exceção de 20 meninos que haviam se mudado ou morrido, 176 entre os 180 restantes, tinham alcançado sucesso fora do comum como advogados, médicos e homens de negócio.O professor ficou surpreso e decidiu ir mais além na pesquisa.Felizmente todos os garotos, que agora já eram homens, moravam na cidade. Assim ele teve condições de perguntar a cada um deles, a que atribuíam o seu sucesso.Em cada caso a resposta era sempre a mesma: "houve uma professora..." E a resposta era acompanhada de um sincero sentimento de gratidão.Como a professora ainda estava viva, resolveu procurá-la e perguntar que fórmula mágica ela havia usado para impulsionar aqueles garotos à conquista das profissões que tanto almejavam, superando os obstáculos impostos pela condição social.A idosa, mas ainda lúcida senhora, com brilho nos olhos e nos lábios um sorriso gentil, respondeu: "É realmente muito simples. Eu amava aqueles garotos".Como se pode perceber, não há barreiras capazes de deter a força do amor verdadeiro.O amor é de essência divina, é força criadora.Onde quer que esse sentimento sublime se faça presente espalha luz e bênçãos renovadoras.Quando o amor se manifesta, dissemina luz onde as trevas teimam em permanecer.Quem ama vence as dificuldades e supera os próprios limites, contagiando com a sua ação tantos quantos dele se acerquem.Em nome do amor, Jesus suportou a cruz infamante para legar à humanidade Sua inconfundível Doutrina.Contagiados pelo Seu amor, os cristãos primitivos desceram às arenas, sacrificando as próprias vidas para não abjurar o Sublime Amigo.Foi por amor que muitos apóstolos enfrentaram a fúria dos homens, com bravura e coragem, para levar a boa nova aos corações sedentos de paz.Em nome do amor, muitos anônimos como a professora de Baltimore, se entregam aos semelhantes fomentando a esperança e demonstrando, pelos próprios atos, que vale a pena investir na vida, e, sobretudo, no amor.Em nome do amor fraternal, Madre Tereza superou obstáculos tidos como intransponíveis, para ajudar os irmãos de Calcutá, e fez-se respeitada no mundo inteiro.São dela estas palavras:"Espalhe amor onde quer que você vá: primeiro de tudo, em sua própria casa. Dê amor a seus filhos, sua esposa ou marido, para seu vizinho de porta.""Não deixe ninguém vir a você sem partir melhor ou mais feliz.""Seja a expressão viva da bondade de Deus: bondade em sua face, bondade em seus olhos, bondade em seu sorriso, bondade em seu caloroso cumprimento.
Fonte: http://cehc.microdadosnet.com.br/ver_mensagens_espiritas.asp?p=1&onde=Mensagens%20Espíritas

07/07/2008

FORÇA, GUILHERME DICKE, NOSSA LITERATURA PRECISA MUITO DE VOCÊ

Escritor de MT está internado em estado grave em hospital de Cuiabá
Ele teve uma parada cardiorespiratória no sábado. Redação TVCA
O escritor mato-grossense Guilherme Dicke (72) está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Matheus, em Cuiabá. Segundo informações de um amigo da família, Dicke teve uma parada cardiorespiratória neste sábado (5) e o estado de saúde dele é considerado grave.De acordo com um outro amigo, o professor da Universidade Federal de Mato Grosso Mario Cézar Leite, Guilherme Dicke estava com um problema do coração.O escritor Ricardo Guilherme Dicke é filho de pai alemão e a mãe é natural do Coxipó do Ouro, situada na Baixada Cuiabana. Ele nasceu em Raizama, município de Chapada dos Guimarães, em 1936.Guilherme tem experiência como professor, tradutor e jornalista atuando em veículos impressos de Mato Grosso e Rio de Janeiro. Dicke é o mais premiado escritor mato-grossense em todos os tempos, sendo quase todas as premiações obtidas em nível nacional.
A maior parte de seus livros foi contemplada com expressivos prêmios: Deus de Caim: conquistou o prêmio Walmap (Edinova/RJ/1968)Caieira: prêmio Remington de Prosa (Editora Francisco Alves/RJ/1977A chave do abismo (Editora Amazoniada/MT/1981)Madona dos Páramos: prêmio Ficção Brasília (Editora Antares/RJ/1982)Último Horizonte (1988/edição totalmente esgotada e não há informações sobre a obra)Cerimônias do Esquecimento: prêmio Academia Brasileira de Letras – MelhorRomance (Editora da UFMT/MT/1995)Conjunctio Oppositorum no Grande Sertão (tese de mestrado/edição do autor/MT/1999)O salário dos poetas: prêmio Alto Mérito Sócio Cultural (edição do autor/MT/2000)Rio abaixo dos vaqueiros (edição do autor/MT/2000) Outras informações sobre o estado de saúde do escritor em instantes.

06/07/2008

será utopia???


TEMPOS MODERNOS (Lulu Santos)
Eu vejo a vida melhor no futuro
eu vejo isto por cima de um muro
de hipocrisiaque insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais farta e clara
repleta de toda satisfação
que se tem direitodo firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
que isto valha pra qualquer pessoa
que realizar
a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
de gente fina, elegante e sincera
com habilidade
pra dizer mais sim do que não
Hoje o tempo voa amor
escorre pelas mãos
mesmo sem se sentir
que não há tempo que volte, amor
vamos viver tudo o que há pra viver
vamos nos permitir
Fuente: musica.com
Foto: Deborah

PARA UMA BOA DISCUSSÃO EM SALA


Como Uma Onda Música e letra : Lulu Santos e Nelson Motta
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu a um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir, nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Foto:Deborah

04/07/2008

COERÊNCIA E COESÃO

A REFERENCIAÇÃO/ OS REFERENTES[1]/ COERÊNCIA E COESÃO
A fala e também o texto escrito constituem-se não apenas numa seqüência de palavras ou de frases. A sucessão de coisas ditas ou escritas forma uma cadeia que vai muito além da simples seqüencialidade: há um entrelaçamento significativo que aproxima as partes formadoras do texto falado ou escrito. Os mecanismos lingüísticos que estabelecem a conectividade e a retomada e garantem a coesão são os referentes textuais. Cada uma das coisas ditas estabelece relações de sentido e significado tanto com os elementos que a antecedem como com os que a sucedem, construindo uma cadeia textual significativa. Essa coesão, que dá unidade ao texto, vai sendo construída e se evidencia pelo emprego de diferentes procedimentos, tanto no campo do léxico, como no da gramática. (Não esqueçamos que, num texto, não existem ou não deveriam existir elementos dispensáveis. Os elementos constitutivos vão construindo o texto, e são as articulações entre vocábulos, entre as partes de uma oração, entre as orações e entre os parágrafos que determinam a referenciação, os contatos e conexões e estabelecem sentido ao todo.)
Atenção especial concentram os procedimentos que garantem ao texto coesão e coerência. São esses procedimentos que desenvolvem a dinâmica articuladora e garantem a progressão textual.
A coesão é a manifestação lingüística da coerência e se realiza nas relações entre elementos sucessivos (artigos, pronomes adjetivos, adjetivos em relação aos substantivos; formas verbais em relação aos sujeitos; tempos verbais nas relações espaço-temporais constitutivas do texto etc.), na organização de períodos, de parágrafos, das partes do todo, como formadoras de uma cadeia de sentido capaz de apresentar e desenvolver um tema ou as unidades de um texto. Construída com os mecanismos gramaticais e lexicais, confere unidade formal ao texto.
1. Considere-se, inicialmente, a coesão apoiada no léxico. Ela pode dar-se pela reiteração, pela substituição e pela associação.
É garantida com o emprego de:
enlaces semânticos de frases por meio da repetição. A mensagem-tema do texto apoiada na conexão de elementos léxicos sucessivos pode dar-se por simples iteração (repetição). Cabe, nesse caso, fazer-se a diferenciação entre a simples redundância resultado da pobreza de vocabulário e o emprego de repetições como recurso estilístico, com intenção articulatória. Ex.: “As contas do patrão eram diferentes, arranjadas a tinta e contra o vaqueiro, mas Fabiano sabia que elas estavam erradas e o patrão queria enganá-lo.Enganava.” Vidas secas, p. 143);
substituição léxica, que se dá tanto pelo emprego de sinônimos como de palavras quase sinônimas. Considerem-se aqui além das palavras sinônimas, aquelas resultantes de famílias ideológicas e do campo associativo, como, por exemplo, esvoaçar, revoar, voar;
hipônimos (relações de um termo específico com um termo de sentido geral, ex.: gato, felino) e hiperônimos (relações de um termo de sentido mais amplo com outros de sentido mais específico, ex.: felino, gato);
nominalizações (quando um fato, uma ocorrência, aparece em forma de verbo e, mais adiante, reaparece como substantivo, ex.: consertar, o conserto; viajar, a viagem). É preciso distinguir-se entre nominalização estrita e. generalizações (ex.: o cão <> árvore > palmeira);
substitutos universais (ex.: João trabalha muito. Também o faço. O verbo fazer em substituição ao verbo trabalhar);
enunciados que estabelecem a recapitulação da idéia global. Ex.: O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e também deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono (Vidas Secas, p.11). Esse enunciado é chamado de anáfora conceptual [2]. Todo um enunciado anterior e a idéia global que ele refere são retomados por outro enunciado que os resume e/ou interpreta. Com esse recurso, evitam-se as repetições e faz-se o discurso avançar, mantendo-se sua unidade.

2. A coesão apoiada na gramática dá-se no uso de:
certos pronomes (pessoais, adjetivos ou substantivos). Destacam-se aqui os pronomes pessoais de terceira pessoa, empregados como substitutos de elementos anteriormente presentes no texto, diferentemente dos pronomes de 1ª e 2ª pessoa que se referem à pessoa que fala e com quem esta fala.
certos advérbios e expressões adverbiais;
artigos;
conjunções;
numerais;
elipses. A elipse se justifica quando, ao remeter a um enunciado anterior, a palavra elidida é facilmente identificável (Ex.: O jovem recolheu-se cedo. ... Sabia que ia necessitar de todas as suas forças. O termo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece a relação entre as duas orações.). É a própria ausência do termo que marca a inter-relação. A identificação pode dar-se com o próprio enunciado, como no exemplo anterior, ou com elementos extraverbais, exteriores ao enunciado. Vejam-se os avisos em lugares públicos (ex.: Perigo!) e as frases exclamativas, que remetem a uma situação não-verbal. Nesse caso, a articulação se dá entre texto e contexto (extratextual);
as concordâncias;
a correlação entre os tempos verbais.

Os dêiticos exercem, por excelência, essa função de progressão textual, dada sua característica: são elementos que não significam, apenas indicam, remetem aos componentes da situação comunicativa. Já os componentes concentram em si a significação. Referem os participantes do ato de comunicação, o momento e o lugar da enunciação.
Elisa Guimarães ensina a respeito dos dêiticos:
Os pronomes pessoais e as desinências verbais indicam os participantes do ato do discurso. Os pronomes demonstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais, bem como os advérbios de tempo, referenciam o momento da enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste momento (presente); ultimamente, recentemente, ontem, há alguns dias, antes de (pretérito); de agora em diante, no próximo ano, depois de (futuro). [3]
Maria da Graça Costa Val lembra que “esses recursos expressam relações não só entre os elementos no interior de uma frase, mas também entre frases e seqüências de frases dentro de um texto” [4].
Não só a coesão explícita possibilita a compreensão de um texto. Muitas vezes a comunicação se faz por meio de uma coesão implícita, apoiada no conhecimento mútuo anterior que os participantes do processo comunicativo têm da língua.

[1] Tratando da questão do referente, em A linguagem literária. Série Princípios, 3 ed. São Paulo: Ática, 1990, p. 69-70, Domício Proença Filho lembra que o assunto divide os estudiosos: para alguns, como Todorov, o texto literário não tem referente, já que o referente se liga ao contexto extra-verbal; para outros, como Jakobson, a função poética torna ambígua a função referencial. Resta a tendência de considerar “o texto literário [...] um simulacro de referente”.
[2] GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. Série Princípios, 8 ed. São Paulo: Ática, 2000, p. 32.
[3] GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. Série Princípios, 8 ed São Paulo: Ática, 2000, p.9-10.
[4] COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 2 ed.,1999, p.6.
FONTE:http://www.cce.ufsc.br/~nupill/ensino/a_referenciacao.htm

02/07/2008

HERMÍNIA, MINHA MÃE, VOCÊ É TUDO DE BOM!!!!!!!!!!!É MEU PORTO SEGURO!!!!!!!!!!!


Hoje não é somente seu aniversário
Hoje é o dia em que os Anjos dão o espetáculo ensaiado
Em todo o ano que passou...
Um espetáculo onde o amor é o personagem principal,
E a estrela é você,
Contracenando com o carinho,
Com a compreensão,
E com o amor...
A estrela em destaque em meu palco
Minha estrela chamada MÃE,
Eu desejo com todo amor que se possa existir um Feliz Aniversário!!!
E que sua estrela permaneça no céu da felicidade.
Beijos,beijinhinhos de montão...
Da sua eterna filhinha
Deborah

Por mais que o tempo passe e as estações se movam,
Ainda será minha estrela, a mais linda, a mais radiante...
Será pra mim sempre bela, sempre amiga.
Podem todos me crucificar, mas sei que saberás a verdade
E com todas suas forças irá me defender como ninguém me defenderia.
Está presente em todos os felizes e tristes momentos.
Está sempre forte para vencer mais um desafio.
Por mais que eu cresça e amadureça, sempre serei seu fruto,
E orgulho total de minha raiz...
Te amo de forma insubstituível,
És robusto meu amor
És sincero meu afeto.
Trouxe-me ao mundo, agüentou toda dor
E sorriu ao me ver pela primeira vez.
Com muito carinho estou a pensar em você, pois de carinho me alimenta.
Minha mãe querida da mesma forma que deseja a mim saúde e felicidade,
Desejo-te também com toda certeza que tenho,
Em nome do grande valor que tem pra mim,
Te Amo Minha Mãe!!!

Redação de advogado(chupa essa manga...ops!esta laranja)

Um professor perguntou a um dos seus alunos do curso de Direito:
- Se você quiser dar a Epaminondas uma laranja, o que deverá dizer?

O estudante respondeu:

- Aqui está, Epaminondas, uma laranja para você.

O professor gritou, furioso:

- Não! Não! Pense como um Profissional do Direito!

O estudante respondeu:

- Ok, então eu diria:
Eu, por meio desta, dou e concedo a você, Epaminondas de tal, CPF e RG nºs., e somente a você, a propriedade plena e exclusiva, inclusive benefícios futuros, direitos, reivindicações e outras dicações, títulos, obrigações e vantagens no que concerne à fruta denominada laranja em questão, juntamente com sua casca, sumo, polpa e sementes, transferindo-lhe todos os direitos e vantagens necessários para espremer, morder, cortar, congelar, triturar, descascar com a utilização de quaisquer objetos e, de outra forma, comer, tomar ou, de qualquer forma, ingerir a referida laranja, ou cedê-la com ou sem casca, sumo, polpa ou sementes, e qualquer decisão contrária, passada ou futura, em qualquer petição, ou petições, ou em instrumentos de qualquer natureza ou tipo, fica assim sem nenhum efeito no mundo cítrico e jurídico, valendo este ato entre as partes, seus herdeiros e sucessores, em caráter irrevogável e irretratável, declarando Paulo que o aceita em todos os seus termos e conhece perfeitamente o sabor da laranja, não se aplicando ao caso o disposto no Código do Consumidor.

E o professor então comenta:
- Melhorou bastante, mas não seja tão suscinto...

OBS.: Enviada pela professora Mailde. Muito boa, teacher!!!!!!!