30/04/2009

Desempenho de escolas estaduais é prejudicado por baixo investimento, diz ministro da Educação

29/04/2009 - 16h47

O ministro da Educação, Fernando Haddad, atribuiu à insuficiência de investimentos o baixo desempenho de escolas da rede pública estadual, em comparação às escolas particulares, no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2008. De acordo com dados do MEC (Ministério da Educação), 89,9% dos colégios estaduais tiraram notas inferiores à média nacional dos estudantes, de 50,52 pontos em 100.

A média de investimento nos estados é de R$ 1,5 mil por aluno por ano. Esse valor é comparável ao de uma mensalidade escolar da rede privada", afirmou. O ministro lembrou que os investimentos estaduais no ensino médio cresceram cerca de 50% acima da inflação, entre 2002 e 2007. "Mas ainda é muito pouco."

O que você achou do desempenho das escolas brasileiras no Enem? (vejam algumas opiniões no Fórum de discussão da UOL)

[Zé do Planalto] [Brasília DF Brasil] É um círculo vicioso: não temos boas escolas onde não temos qualidade de vida. Não temos qualidade de vida porque nos faltam boas escolas. A violência e o crime sitiam as escolas, para piorar tudo. Mas as causas formam um complexo. O avanço tecnológico atropela e arrasta a escola pela obsolescência e falta de estímulo para a juventude. A baixa prioridade gera baixa remuneração e desestímulo ao magistério. Falta estratégia que engaje esforços docentes e discentes em torno de objetivos nacionais e palpáveis.29/04/2009 13:03
[TARCISIO FONSECA OLIVEIRA] [Poço Verde, Sergipe - Brasil] O Ensino brasileiro não tem qualidade, o resultado do Enem é a realidade. O Governo está preocupado com Números. Tarcisio.29/04/2009 12:21

[Carlos Machado] [São Paulo, SP, Brasil] O resultado do Enem vem mostrar duas coisas importantes: 1º O grande abismo de qualidade que separa o ensino particular e o público na educação básica deste país; 2º As gratas exceções de escolas públicas bem posicionadas no ranking demosntram que se houver vontade de se fazer um trabalho sério no ensino público ele dá resultado. Portanto, o ranking demosntra que o ensino público deste país só é ruim porque os governos querem que seja assim, pois quando se faz um trabalho sério e dedicado a escola pública pode se equiparar à particular. Por que essa não é a regra??? Por que a educação não é a grande prioridade nacional??? É triste ver que neste país os governantes negligenciam a educação e descaradamente boicotam o nosso futuro.29/04/2009 11:17

[Izabel dos Santos Postal] [São Bernardo do Campo - SP ] O que fazer para mudar???? Acredito que muitos pais ao verificarem esta radiografia do ensino em nosso país ficaram preocupados, mas vamos entender algo muito importante, se a escola esta para ensinar assim como a família esta para educar. Quem não esta fazendo o seu papel direito? A escola ou a família? Vamos pensar a respeito? Encontrar uma resposta não será fácil e nem rápido, porém precisamos começar a fazer este movimento. Pensar! Pensar e agir,a escolha é nossa, ou cruzamos os braços e deixamos mais uma vez que os outros decidam por nós ou tomamos atitudes participativas, a familia não pode se isentar deste compromisso social.29/04/2009 11:17

[Margarete] [Santo Antônio do Monte - MG - Brasil] Gostaria de comentar a respeito da escola com o melhor índice: o Colégio São Bento do Rio de Janeiro. Qual é o segredo deste colégio, que tem tido sucesso neste caos educacional? Com certeza, um colégio tão tradicional, que ainda acredita na disciplina, nas normas e está sob a direção de um grupo com valores educacionais (morais e religiosos), além de repensar sempre a prática pedagógica, sempre terá sucesso.Lamentável , acredito, é esta idéia de liberalidade ao extremo, em detrimento das normas e disciplinas, exigidas das escolas: professores e equipe educacional estão de mãos atadas: agora é a vez dos alunos, que fazem o que querem e na hora que querem... Não me assusta este resultado: ele é o reflexo de alguns anos sem referencial! 29/04/2009 09:12

[Mario Tanaka] [sp] Podemos concluir que ensino público não melhorou nada nesses 7 anos de Lula. Invez de melhorar qualidade do ensino esse governo pretende reservar 50% de vagas para universidade os alunos despreparados do ensino público. Gente! vamos lutar para que isso não aconteça, não quero ser penalizado só porque coloquei meus filhos em escola particular..29/04/2009 00:24

[marcelo souza] [são paulo] Isso aí é prova de que esse governo fez muito pouco pela educação, já passou 7 anos mas nada de melhoria e agora quer reservar 50% da vaga para faculdade para alunos de ensino público. Lula vai penalizar novamente a classe média.29/04/2009 00:13

[Joao Joviano] [Tocantinópolis - TO] Conheço bem a realidade da "pior" escola do ENEM. Atuo como Supervisor Pedagógico Indígena na Diretoria Regional de Ensino de Tocantinópolis. Acredito que as maiores justificativas para o desenpenho dos 10 alunos da Escola Indígena Tekator são: 1ª - os alunos fizeram uma avaliação elaborada para quem tem como Lingua Materna o Portugues. Embora em territorio brasileiro eles tem como Lingua Materna o Apinaje. Entao, partindo-se desse principio, palavras corriqueiras do "nosso cotidiano de não indio" pode tornar-se uma grande dificuldade no processo. 2ª a contextualização da avaliação nao condiz, nem de longe, com a realidade vivenciada pelos alunos que se submeteram a um desafio nunca antes proposto a eles. Assim como a moiria das universidades não estão preparadas para receberem os alunos indíos, onde apenas abrem o espaço atraves de cotas nao levando em conta a especificidade cultural, nas avaliações nacionais acontece dessa mesma forma, propiciando ainda mais um distanciamento cultural.



A média das escolas federais, no entanto, equivale à de países desenvolvidos. "Todas as escolas têm metas estabelecidas pelo PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação). As federais estão muito próximas da meta a ser alcançada em 2021. As estaduais estão longe", afirmou. Outra questão levantada pelo ministro é a condição sócio-econômica dos estudantes. O ministro afirma que cerca de um terço dos brasileiros em idade escolar básica vive em condições de pobreza, tem pais com pouca ou nenhuma escolaridade e sofre com problemas que interferem negativamente no desempenho escolar, como as migrações ou o trabalho infantil.

Enem antigo não permite comparação
Haddad afirmou também que o modelo do Enem antigo não permite comparação de resultados no tempo e não engloba todo o currículo do ensino médio. "Não é possível aferir melhorias com o atual modelo", alertou.
Já o novo Enem, proposto pelo Ministério da Educação, como alternativa aos vestibulares, permitirá identificar se houve melhoria no desempenho dos alunos ao longo do tempo. "Hoje, a métrica não é a mesma entre as provas. O novo Enem terá uma nova tecnologia que permitirá a comparabilidade e a orientação do currículo do ensino médio", explicou.* Com informações da Assessoria de Imprensa do MEC
fonte:http://forum.educacao.blog.uol.com.br

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